quarta-feira, 24 de maio de 2023

“Sou um juiz melhor por causa de Jesus”, diz William Douglas


William Douglas em evento da Lifeshape Brasil em SP. (Foto: Davi Seiffert)

O desembargador federal afirma ser um homem de dois livros: a Bíblia e a Constituição.

Durante um encontro com pastores, líderes e profissionais cristãos na última quarta-feira (17), em São Paulo, o desembargador federal William Douglas apresentou-se como “um homem de dois livros” — a Bíblia e a Constituição.

“O primeiro e mais importante é a Bíblia. Sou cristão, aceitei Jesus e esse livro me direciona. Mas eu também sou professor universitário e desembargador federal no Tribunal Regional Federal da 2ª região, então meu outro livro é a Constituição Federal. Enquanto o primeiro livro depende de fé para ser seguido, o segundo é a grande regra para todos os brasileiros, quer você goste ou não”, disse William.

PUBLICIDADE

O juiz federal foi palestrante de um evento promovido pela Lifeshape Brasil, uma organização cristã que atua no desenvolvimento de lideranças. Também estiveram presentes executivos da Chick-fil-A, empresa baseada em valores cristãos nos EUA.

Dentro da temática do encontro, no qual o Guiame esteve presente, William Douglas foi chamado a responder à pergunta: Como o cristão pode ser relevante na sociedade? 

Ele então começou a refletir: “Antes disso, eu pergunto: como o cristianismo foi relevante na minha vida?”

“Sou pai, marido e um cidadão muito melhor do que seria se não fosse Jesus”, disse ele. “Jesus criou um juiz que se preocupa com o próximo. Se não fosse isso, estaria apenas preocupado com a minha carreira.”

PUBLICIDADE

Trajetória impulsionada pelos “nãos”

Até conseguir vender mais de 1, 2 milhão de livros e dar palestras para mais de 2,5 milhão de pessoas no Brasil, William Douglas teve que lidar com muitos “nãos”.

Os primeiros “nãos” foram no início, nas repetidas reprovações nos concursos públicos. Depois de procurar ajuda entre os primeiros colocados das provas e ouvir o simpático conselho “se vira”, Douglas resolveu estudar com mais empenho e foi aprovado não apenas em uma, mas em diversas provas.

Ele foi o 1º colocado nos concursos para juiz de direito, defensor público e delegado de polícia. Além disso, também conseguiu ser o 3º colocado no concurso nacional de monografias sobre a Justiça Federal, 4º colocado para professor de direito na Universidade Federal Fluminense, 5º colocado no para analista judiciário e 8º colocado para Juiz Federal.

Muitas pessoas passaram a procurá-lo para entender como ele passou a conseguir tantas aprovações. A resposta “se vira”, na visão cristã de William, não era a mais adequada. Então ele decidiu publicar um livro de 700 páginas com dicas.


Encontro entre executivos da Chick-fil-A e líderes em SP. (Foto: Davi Seiffert)

Nessa fase, William encarou mais “nãos” — as editoras não enxergaram vantagem em publicar este tipo de conteúdo. Mais uma vez, o juiz federal decidiu fazer diferente. Ele fundou a Impetus, sua própria editora.

Daí surgiu o best seller “Como passar em provas e concursos“, o que o levou a ser conhecido como o “guru dos concursos”.

Testemunho na vida profissional

William acredita que até mesmo o desempenho e os resultados profissionais podem testemunhar o caráter cristão.

Em 2020, seu último ano atuando em um Tribunal de Primeira Instância, a 4ª Vara Federal de Niterói, a produtividade de sua equipe era de 121%.

“Um juiz foi na 4ª Vara perguntar para mim: William, como você consegue com o mesmo número de funcionários, o mesmo tipo de processo e o mesmo equipamento, produzir tão mais do que os outros?”

Ao responder, William entregou a ele o livro “As 25 leis bíblicas do sucesso”, um exemplar da Bíblia e disse: “Aqui nós praticamos a Bíblia — não de forma proselitista, mas de forma laica”, esclareceu. 

“Ele foi ao meu gabinete para ser evangelizado. Eu não tive que ir ao mundo, o mundo veio até mim quando eu tive um resultado secular que atrai.”

Luz do mundo

William afirma que costuma passar à sua equipe de trabalho algumas verdades bíblicas, como a de Efésios 6:7-8, que diz: “Sirvam aos seus senhores de boa vontade, como ao Senhor, e não aos homens, porque vocês sabem que o Senhor recompensará a cada um pelo bem que praticar, seja escravo, seja livre.”

“Eu ensino que a Bíblia diz que você deve tratar o público como gostaria de ser tratado. Você deve tratar como se fosse o próprio Jesus Cristo. Jesus Cristo está no balcão. Tudo o que fizermos, devemos fazer de todo o coração, como se fosse para Deus”, disse.

E destacou: “É absolutamente fantástico o resultado que você tem quando pessoas não cristãs entendem que os princípios bíblicos funcionam, independente da tradição religiosa. E no caso dos cristãos, quando você consegue mostrar para eles que seu trabalho é um campo missionário e um campo de serviço”.

“O que evangeliza é sermos cartas vivas de Cristo, o nosso comportamento. As palavras às vezes são úteis”, acrescentou.

Por fim, William lembra do chamado de Jesus a todos os cristãos, para serem “luz do mundo”.

“Imputa-se às empregadas domésticas evangélicas o crescimento do Evangelho na classe média”, exemplificou. “Temos que ser brilhantes em tudo o que fazermos, e quando virem as nossas boas obras, nós temos que dizer: não sou eu, é o Cristo que vive em mim. E isso servirá de testemunho, evangelismo, glória para Cristo e para melhorar esse mundo.”

FONTE: GUIAME, LUANA NOVAES

terça-feira, 23 de maio de 2023

UMA IGREJA REVESTIDA DE PODER

 


 

“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8).

Os Evangelhos e o Livro de Atos dos Apóstolos tratam da grande comissão dada por Jesus aos seus discípulos. Está claro que antes de enviar a igreja ao mundo, Jesus enviou o Espírito Santo à igreja. Essa ordem jamais pode ser alterada. No texto em tela, há três verdades que são dignas de destaque. Vejamos:

Em primeiro lugar, a origem do poder. “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo…”. O poder que capacita a igreja não vem da terra, emana do céu; não procede dos homens, provém do Espírito Santo. A igreja não pode cumprir a grande comissão sem o poder do Espírito. Sem poder, a igreja não está apta para viver, para pregar nem para morrer. Não há cristianismo sem poder. O evangelho é o poder de Deus. O reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder. O Espírito Santo é a fonte do poder. A suprema grandeza do poder de Deus está à disposição da igreja. O mesmo poder que esteve sobre Jesus, está sobre a igreja. O mesmo poder que ressuscitou Jesus dentre os mortos, capacita a igreja para viver vitoriosamente.

Em segundo lugar, o propósito do poder. “… e sereis minhas testemunhas…”. O propósito do poder do Espírito é capacitar a igreja a testemunhar. A igreja precisa de poder e poder para que? Poder para tirar os olhos da especulação escatológica para fixá-los na obra missionária (At 1.4-8). Poder para perdoar, uma vez que a inimizade entre judeus e samaritanos só poderia ser vencida pelo poder do Espírito. Poder para levar a mensagem da salvação para fora dos limites de Israel, chegando a todas as etnias da terra. Poder para morrer. A palavra “testemunha” é a tradução do vocábulo grego martyria, de onde procede a palavra “mártir”. É o poder do Espírito Santo que capacita a igreja a enfrentar o ódio do mundo e a carranca do diabo. É o poder do Espírito Santo que deu coragem aos apóstolos para enfrentar as prisões e os açoites em Jerusalém. É o poder do Espírito Santo que revestiu de força os cristãos para suportar a amarga perseguição promovida pelos imperadores romanos. É o poder do Espírito Santo que capacitou os cristãos a enfrentarem o martírio. Milhares de cristãos foram crucificados, queimados vivos e jogados às feras sem negar a sua fé. Ninguém consegue deter os passos de uma igreja cheia do Espírito Santo. Nenhuma força na terra nem mesmo no inferno pode intimidar uma igreja revestida com o poder do Espírito Santo.

Em terceiro lugar, a extensão do poder. “… tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra”. A igreja precisa de poder para sair das quatro paredes e levar o evangelho à sua cidade, ao seu Estado, à sua nação e a todas as etnias da terra. Sem poder, a igreja ficará estagnada. Sem poder, ela não levantará os olhos para ver os campos que branquejam para a ceifa. Sem poder, a igreja transformará a koinonia em koinonite, a comunhão em relacionamentos doentesSem poder, a igreja olhará apenas para seu próprio umbigo. Sem poder, a igreja apagará sua lâmpada e deixará de ser luz para as nações. Nunca é demais enfatizar que o campo da igreja é o mundo. Não é primeiro aqui e depois lá. É aqui e lá ao mesmo tempo. A igreja proclama o evangelho em sua cidade, anuncia as boas novas de salvação em sua região, ultrapassa barreiras raciais e culturais e avança até aos confins da terra.

Estamos nós revestidos com o poder do Espírito Santo? Somos luz para as nações? Temos experimentado esse poder do alto? Somos uma igreja martírica e missionária? A grande comissão não pode ser transformada em grande omissão. É tempo de a igreja ser revestida com o poder do Espírito Santo!

Rev. Hernandes Dias Lopes

file:///C:/Users/elivi/OneDrive/%C3%81rea%20de%20Trabalho/BOLETIM%20SEMEAR%202022/BOLETIM%2019%20DE%20JUNHO%202022.pdf

Rede Sociais