sábado, 8 de abril de 2023

SANTIDADE

 




Textos: Êxodo 28.36; 39.30; Hebreus 12.14-16

John C. Ryle, bispo em Liverpool no século XIX, disse: “Precisamos ser santos, porque esse é um supremo fim e propósito pelo qual Cristo veio ao mundo… Jesus é um Salvador completo. Ele não retira, meramente, a culpa do pecado do que crê, ele vai além… rompe o seu poder (1 Pe 1.2; Rm 8.29)”.

A união entre paz e santificação aqui é uma advertência implícita de que não devemos buscar a paz a ponto de comprometer a santificação. O cristão busca a paz com todos, mas busca a santidade também, e esta não pode ser sacrificada por aquela.

A sã doutrina reformada da santificação será inútil, se não for acompanhada por uma vida santa. Tenho a firme impressão de que precisamos de um completo reavivamento acerca da santidade bíblica hoje. Por quê ?

1-NOS FAZ PERCEBER O PECADO (Rm 3.23) – O pecado é a transgressão da lei 1 João 3.4. Aquele que desejar ter pontos de vista corretos sobre a santidade cristã terá de começar examinando o vasto e solene assunto do pecado. Conceitos errôneos sobre a santidade geralmente advêm de ideias distorcidas quanto à corrupção humana.

A verdade absoluta é que o correto conhecimento do pecado jaz à raiz de todo o cristianismo salvífico. Sem ele, doutrinas como justificação, conversão e santificação serão apenas “palavras e nomes” que não transmitem qualquer sentido à nossa mente. John Owen escreveu, com toda a razão: “Não posso entender como um homem pode ser um crente verdadeiro, se para ele o pecado não é a maior carga, a maior tristeza e o maior motivo de perturbação”.

No entanto, a primeira coisa que Deus faz quando quer tornar alguém em uma nova criatura em Cristo é iluminar-lhe o coração, mostrando-lhe que ele é um pecador culpado. Se um homem não percebe a natureza perigosa da doença de sua alma, ninguém poderá admirar-se de que ele se contente com remédios falsos ou imperfeitos.

2- A VERDADEIRA SANTIFICAÇÃO É OPERADA PELO ESPÍRITO (Jo 17.17; I Ts 4.3) – Esse é um assunto de máxima importância para a nossa alma. Há três coisas que, de acordo com a Bíblia, são absolutamente necessárias para a salvação de todo homem e mulher na cristandade. Essas três coisas são justificação, regeneração e santificação.

A santificação é aquela operação interna que o Senhor Jesus Cristo realiza em uma pessoa pelo Espírito Santo, quando Ele a chama para ser um servo verdadeiro. O instrumento mediante o qual o Espírito efetua essa obra geralmente é a Palavra de Deus, embora algumas vezes use as aflições e as visitas providenciais “sem palavra alguma” (1 Pe 3.1).É o invariável resultado da união vital com Cristo, que a verdadeira fé confere a um crente: “Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto” (Jo 15.5). Aquele que tem uma esperança real e viva em Cristo purifica-se a si mesmo, assim como Ele é puro (Tg 2.17-20; Tt 1.1; Gl 5.6; 1 Jo 1.7; 3.3).

É absolutamente necessária para nos treinar e nos preparar para o céu. A maioria dos homens espera chegar ao céu quando morrerem; mas bem poucos, o que é de se temer, preocupam-se em considerar se conseguirão apreciar o céu, se ali chegarem. Teremos de ser santos antes de morrer, se quisermos ser santos quando estivermos na glória.

3 -A SANTIDADE IMPLICA EM VIDA PRÁTICA (Hb. 12.14) – A santificação [santidade], sem a qual ninguém verá o Senhor (Hebreus 12.14). Trata-se da santidade prática. Ele sugere um questionamento que requer a atenção de todos os cristãos professos, a saber: Somos santos? Veremos o Senhor? Esta pergunta diz respeito aos homens de todas as classes e condições.

Por qual motivo a santidade é tão importante? Permita-me expor algumas razões que explicam isso. Acima de tudo, devemos ser santos porque a voz de Deus, nas Escrituras Sagradas, assim nos ordena claramente dizendo: “Sede santos, porque eu sou santo”(I Pe 1.16). Porque essa é a grandiosa finalidade e propósito daquilo que Cristo veio fazer no mundo. Paulo escreveu: “Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse” (Ef 5.25,26 Porque essa é a única prova de que amamos o Senhor Jesus Cristo com sinceridade. Esse é um ponto acerca do qual Ele falou nos mais claros termos em João (Jo 14.15,21,23 e 15.14).

Além disso, a santificação é o único sinal seguro da eleição divina. O apóstolo Paulo percebeu a “fé” atuante, o “amor” operante e a “esperança” paciente dos crentes de Tessalônica, disse: “reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição” (1 Pe 1.2; 2 Ts 2.13; Rm 8.29; Ef 1.4; 1 Ts 1.3-4). Aquele que se orgulha de ser um dos escolhidos de Deus enquanto voluntária e habitualmente vive em pecado; está apenas enganando a si mesmo e proferindo ímpias blasfêmias. O catecismo da nossa igreja ensina, de forma correta e sábia, que o Espírito Santo “santifica todos os eleitos de Deus”.

Devemos ser santos na terra, se quisermos ser santos no céu. Foi Deus quem o disse e Ele não retrocederá: “A santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. Observou Jenkyn: “O calendário do papa só declara santos às pessoas mortas, mas as Escrituras requerem a santidade da parte dos vivos”.

Conclusão

Portanto, você quer ser santo? Então terá de começar com Cristo. Você simplesmente não conseguirá fazer coisa alguma e nem obterá qualquer progresso, enquanto não sentir os seus pecados e fraquezas, e não fugir para Ele. A santidade é a obra que Jesus efetua nos corações dos crentes, através do Espírito que Ele lhes proporciona no íntimo. Cristo foi nomeado para ser “Príncipe e Salvador, a fim de conceder ao homem o arrependimento e a remissão de pecados”. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem em seu nome” (Jo 1.12).


Pr. Eli Vieira

A MENSAGEM DA PÁSCOA

 



A Páscoa judaica cumpriu-se em Cristo. No Cenáculo, Jesus instituiu a Ceia, monumento de sua primeira vinda e promessa de sua segunda vinda. Agora, não imolamos mais cordeiros, pois Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ele é o nosso Cordeiro Pascal. Ele é o Sacerdote e o sacrifício, o ofertante e a oferta. Ele morreu pelos nossos pecados, ressuscitou para nossa justificação e voltará para a nossa glorificação. Vejamos essas três verdades magnas do cristianismo.

Em primeiro lugar, Jesus morreu pelos nossos pecados. A morte de Jesus não foi um acidente. Ele não morreu porque sucumbiu ao poder de Roma nem porque foi uma vítima indefesa das tramas do sinédrio judaico. Jesus não morreu porque Judas o traiu por ganância, ou porque o sinédrio o sentenciou por inveja, ou porque Pilatos o condenou por covardia ou porque os soldados o pregaram no madeiro por crueldade. Ele morreu porque o Pai o entregou por amor. Ele morreu porque voluntariamente se entregou pela sua igreja. Ele morreu pelos nossos pecados. Sua morte foi vicária. Ele morreu em nosso lugar, como nosso fiador e substituto. Ele carregou sobre o seu corpo, no madeiro, os nossos pecados. Deus lançou sobre ele a iniquidade de todos nós. Agradou ao Pai moê-lo na cruz. Ele foi feito pecado por nós. Sendo ele bendito eternamente, foi feito maldição. Ele bebeu, sozinho, o cálice amargo da ira de Deus que deveria cair sobre nossa cabeça. Ele sofreu o golpe da lei que deveríamos suportar. Ele cumpriu a lei por nós e satisfez todas as demandas da justiça de Deus. Na sua morte, ele triunfou sobre os principados e potestades. Ele desbaratou, na cruz, o diabo e seus demônios e rasgou o escrito de dívida que era contra nós. Ele pagou a nossa dívida. Em seu sangue somos justificados. Por sua morte, fomos reconciliados com Deus. Ele fez a paz pelo seu sangue da sua cruz. Sua morte nos libertou e pela sua morte temos livre acesso ao trono da graça.

Em segundo lugar, Jesus ressuscitou para nossa justificação. Jesus entrou nas entranhas da morte, arrancou o aguilhão da morte, matou a morte e ressurgiu vitoriosamente, inaugurando a imortalidade. A morte foi vencida. Por isso, as melhores notícias vêm a nós da tumba vazia de Jesus. Ele ressuscitou como primícias de todos os que dormem. A morte já não tem mais a última palavra. A sepultura não é o nosso último endereço. A ressurreição de Jesus é o selo de sua vitória sobre a morte. É o estandarte da nossa viva esperança. Porque ele ressuscitou, nossa fé não é vã nem nossa pregação um grito ensandecido. Porque ele ressuscitou, nossa esperança não é uma fantasia nem nosso futuro é desolador. Porque ele vive, podemos crer no amanhã. Porque ele vive, temor não há. Porque ele ressuscitou teremos, também, um corpo imortal, incorruptível, poderoso, glorioso, espiritual, celestial, semelhante ao corpo de sua glória. Porque Jesus ressuscitou podemos encarar a morte e dizê-la: “Onde está ó morte a tua vitória; onde está ó morte o teu aguilhão”. Porque Jesus ressuscitou, podemos gritar para dentro dos sepulcros: “Tragada foi a morte pela vitória”.

Em terceiro lugar, Jesus voltará para a nossa glorificação. Jesus morreu, ressuscitou, voltou ao céu, está à destra de Deus Pai e voltará pessoalmente, visivelmente, audivelmente, repentinamente, inesperadamente, inescapavelmente, gloriosamente, vitoriosamente para colocar todos os seus inimigos debaixo de seus pés. Voltará para julgar as nações. Voltará para lançar no lago do fogo o anticristo, o falso profeta, o diabo, a morte e todos aqueles cujos nomes não estão escritos no livro da vida. Voltará para arrebatar sua igreja. Voltará para conduzir sua noiva à Casa do Pai, ao paraíso, à nova Jerusalém. Voltará para reinar com sua igreja pelos séculos sem fim.
Que esta mensagem gloriosa inunde nosso coração de sincera gratidão e profunda devoção.

Rev. Hernandes Dias Lopes

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