segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

DAVI UM HOMEM RELEVANTE

 


1 Samuel 17.1-58


O escritor Charles R. Swindoll certa vez disse: “nosso mundo necessita desesperadamente de modelos dignos de serem seguidos. Heróis autênticos. Pessoas integras, cujas vidas nos inspirem a ser melhores”¹(1998, p.9).

Algumas pessoas hoje, ao olharem para os heróis da fé do passado, falam: Senhor, acho que eu nasci na época errada! Porque eu não nasci na época dos reformadores Martinho Lutero, Calvino e Knox? Porque eu não vivi, na época do Grande Avivamento do século XVIII e fui amigo Jonathan Edwards, George Whitefield? Se, você ficar atento poderá ouvir Deus lhe falar: porque os meus desígnios para você são para esta geração.

O Dr. Lucas ao falar sobre o rei Davi disse: “Porque na verdade, tendo Davi servido a sua própria geração, conforme os desígnios de Deus, adormeceu, foi para junto de seus pais e viu corrupção” (At. 13.36). Davi foi um homem que marcou a sua geração conforme os propósitos divinos. Entretanto, devemos perguntar: porque Davi marcou a sua geração? No texto de 1 Samuel 17.1-58 podemos encontrar a resposta para a nossa indagação(ões) e aprendermos com ele, para marcar a nossa geração.

1-PORQUE ERA UM HOMEM CORAJOSO (1 Samuel 17.32) – A vida de Davi foi marcada por lutas e desafios, desde a sua mocidade. Ainda jovem, como pastor de ovelhas enfrentou feras, como leão ou urso (1 Sm 17.34,35). Ao ser enviado, por seu pai, ao arraial do exército de Israel para levar alimentos e saber como seus irmãos estavam (1 Sm 17.17-19), se deparou com o grande duelista filisteu desafiando o exército de Israel. Davi não teve medo do incircunciso Golias e dispõe-se a pelejar contra ele (1 Sm. 17.32). Ele não temeu o desafio, mas estava pronto se possível a morrer, como disse o pastor Martin Luther King:“Se você não está pronto para morrer por alguma coisa, então você não está pronto para viver”, ele estava pronto a tirar a afronta de sobre Israel, o exército do Deus vivo (1 Sm.17.26), na certeza de que Deus lhe concederia a vitória independente do experiente gigante.

O Precursor da Reforma Protestante Jerônimo Savonarola (1452-1498) disse: “Se não a inimigos, não a lutas, se não lutas não a vitórias”. Se queremos ser vitoriosos e marcar a nossa geração, precisamos enfrentar os desafios que surgem diante nós, sem temor, assim como Davi.

2-PORQUE ELE NÃO DEU OUVIDOS A VOZ DOS CRITICOS E PESSIMISTA (1 Samuel 17.28,33,42)-Quando Davi disse que iria enfrentar o gigante, ninguém o incentivou, antes ele foi criticado, desanimado, por seus irmãos, e pelo rei Saul. Saul disse que ele não poderia enfrentar Golias, porque ele era moço, e golias guerreiro desde a sua mocidade (1 Sm 17.33), ele foi desprezado pelo gigante 1 Sm 17.42. Contudo, Davi não deu ouvidos aos críticos e pessimistas.

Quando olhamos para a vida do presidente americano “Abraham Lincoln (1809-1865), que decretou a emancipação dos escravos. Foi considerado um dos inspiradores da moderna democracia tornou-se uma das maiores figuras da história americana. Elegeu-se Deputado por Illinois. Defendia a causa dos pobres e humildes. Formou-se em Direito. Elegeu-se Deputado Federal e incentivou a criação de novas industrias no Norte do país. Foi eleito o primeiro presidente pelo Partido Republicano, que ajudou a fundar. Foi o 16º presidente dos Estados Unidos. Enfrentou a Guerra da Secessão, por longo período de seu governo. Com a vitória do Norte, foi reeleito para presidente”. Parece que ele viveu em um tempo fácil, mas vejamos um pouco mais sobre a sua vida.

Abraham Lincoln (1809-1865) nasceu na cidade de Hardim no Kentucky, Estados Unidos. Filho dos camponeses Thomas Lincoln e Nancy Lincoln, quando pequeno viveu numa casa de madeira, a beira da floresta. Frequentou a escola durante um ano, quando em 1816 sua família mudou-se para Indiana. Com sete anos já trabalhava no campo. Ficou órfão aos nove anos de idade. Seu pai casa com Sarah Bush Johnston, que ficou responsável por sua instrução.

Abraham Lincoln teve vários empregos, foi lenhador, trabalhou numa serraria, foi barqueiro, balconista e Chefe dos Correios da Aldeia de Salem em Illinois. Como barqueiro, em 1831, navegava pelos rios Missisípi e Ohio, transportando mercadorias. Nas horas vagas se dedicava à leitura. Participou como Capitão voluntário, na luta contra os índios no sul do Estado. Foi chefe dos correios e trabalhou na demarcação de terras para o governo.

Em 1834 elegeu-se Deputado pela Assembleia de Illinois. Estudou Direito, formando-se em 1837. Trabalhou defendendo as causas dos pobres e humildes. Em 1842 casa-se com Mary Todd. Em 1846 elegeu-se Deputado Federal. Entre 1847 e 1849, foi representante de Illinois no Congresso, onde propôs a emancipação gradativa para os escravos, o que desagradou tanto aos abolicionistas quanto aos defensores da escravidão. Fez oposição a invasão de terras no México, mas no fim do conflito novas terras foram anexadas aos Estados Unidos. Sua posição o fez perder muitos votos. Lincoln fazia campanha para que essas novas terras ficassem livres da escravidão.

Concorreu para o senado, foi derrotado, afastou-se da política durante cinco anos. Seus discursos e debates em torno da escravidão os tornou conhecido e popular. Em 1854 participou da fundação do Partido Republicano.

Grandes transformações sociais ocorriam no país. Ao norte, desenvolvia-se uma rica e poderosa burguesia industrial e uma classe operaria organizada e numerosa, apoiada pelo Partido Republicano. Ao sul, consolidou-se a supremacia aristocrata rural, com grandes propriedades agrárias, apoiadas na monocultura e no trabalho escravo. A rivalidade política entre o Partido Democrata, dos aristocratas do sul, e o Partido Republicano da burguesia industrial do norte, gerava vários conflitos.

A guerra contra o México ampliara o território da União e não era possível prever se a população das novas terras se declararia a favor da escravidão. Instalou-se uma grande polêmica nacional. Lincoln assumiu atitude antiescravagista e transformou-se no paladino dessa tendência após o debate que travou com o senador democrata Stephen Douglas.

Em 1858, candidato ao Senado pelo novo Partido Republicano, perdeu as eleições para Douglas, mas tornou-se líder dos republicanos. Em 1860, disputou o pleito para a presidência da república e elegeu-se o 16º presidente dos Estados Unidos.

Ao iniciar seu governo, em 4 de março de 1861, Lincoln teve de enfrentar o separatismo de sete estados escravistas do sul, que formaram os Estados Confederados da América. O presidente foi firme e prudente: não reconheceu a secessão, ratificou a soberania nacional sobre os estados rebeldes e convidou-os à conciliação, assegurando-lhes que nunca partiria dele a iniciativa da guerra. Os confederados, porém, tomaram o forte Sumter, na Virgínia Ocidental.

Lincoln encontrou o governo sem recursos, sem exército e com uma opinião pública que lhe era favorável somente em reduzida escala. Com vontade férrea, profunda fé religiosa e confiança no povo, iniciou uma luta que primeiramente lhe foi adversa. Só conseguiu armar sete mil soldados, com os quais começou a guerra. Em apenas um ano, duplicou o Exército, organizou a Marinha e obteve recursos. Os confederados haviam consolidado sua situação, com a adesão de mais quatro estados aos sete sublevados. Em meados de 1863 chegaram à Pensilvânia e ameaçaram Washington. Foi nesse grave momento que se travou, em 3 de julho de 1863, a batalha de Gettysburg, vencida pelas forças do norte.

Lincoln, que decretara a emancipação dos escravos e tomara outras providências liberais, pronunciou, meses depois, ao inaugurar o cemitério nacional de Gettysburg, o célebre discurso em que definiu o significado democrático do governo do povo, pelo povo e para o povo, e que alcançou repercussão mundial.

A guerra continuou ainda por dois anos, favorável à União. Lincoln foi reeleito presidente em 1864. Em 9 de abril de 1865, os confederados renderam-se em Appomattox.

Embora considerado conservador ou reformista moderado no início da presidência, as últimas proposições de Lincoln foram avançadas. Preparava um programa de educação dos escravos libertados e chegou a sugerir que fosse concedido, de imediato, o direito de voto a uma parcela de ex-escravos. Inclinou-se também à exigência dos radicais por uma ocupação militar provisória de alguns estados sulistas, para implantar uma política de reestruturação agrária.

Em 14 de abril de 1865, Lincoln assistia a um espetáculo no Teatro Ford, em Washington, quando foi atingido na nuca por um tiro de pistola desferido por um escravista intransigente, o ex-ator John Wilkes Booth. Lincoln morreu na manhã do dia seguinte¹. Assim como Davi Lincoln enfrentou muitas críticas e os pessimistas e triunfou sobre todos, não se deixou intimidar por isso ele marcou a história da sua geração.
Meu irmão, Deus está nos dando o privilégio de viver nesta geração, sabemos que não é fácil, como não fora na época de Davi, de Lincoln ou dos reformadores ou dos avivalistas, mas confiados em Deus, não podemos nos intimidar diante dos críticos, pessimistas se queremos marcar esta geração. Precisamos nos levantar e fazer a nossa parte na certeza de que o nosso trabalho não será em vão. Não podemos só ficar olhando para o passado, precisamos olhar para o nosso presente e perguntar: o que eu estou fazendo para marcar a minha geração? Vamos começar fazendo coisas pequenas, e Deus nos preparar para fazermos coisas grandes, que ainda não sabemos.

3-PORQUE ELE LUTAVA EM NOME DO SENHOR (1 Samuel 17.37, 42) –
É importante notarmos que Davi decidiu lutar, não em nome de Saul, de sua família, para ficar famoso, etc. Ele disse eu vou contra ti em nome do Senhor dos Exércitos. O “nome” para os autores bíblicos, é mais que uma junção de letras. Ele representa a própria essência da pessoa que o carrega, o que Davi estava dizendo era “SENHOR dos Exércitos” eu vou contra você, firmado em Deus. O verdadeiro comandante supremo do seu povo escolhido, dos exércitos de Israel, o Deus todo poderoso, ontem, hoje e sempre. Ah! meu irmão, isto fez toda diferença na vida do guerreiro Davi. Ele estava dizendo, eu não vou te enfrentar confiado em minha experiência, nas minhas armas, em Saul, mais confiado naquele que nos dá a vitória, pois dele é a guerra. Muitos hoje estão desanimados, derrotados, sem expectativa porque foram derrotados e humilhados pelo inimigo. Perderam a batalha porque confiaram em dinheiro, seus amigos, em seus títulos, etc.

O rei Josafá diante de uma confederação de inimigo, que se levantara contra Israel disse: “Ah! Senhor Deus, acaso, não executarás tu o teu julgamento contra eles? Porque em nós não há força para resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti”( 2 Cr. 20.12). Josafá confiou em Deus e o Senhor lhe deu a vitória, e assim os moradores daquelas terras viram quem era o Deus de Israel, como nos diz crônicas: “Veio da parte de Deus o terror sobre todos os reinos daquelas terras, quando ouviram que o Senhor havia pelejado contra os inimigos de Israel (2 Cr 20.29).

Em nome de quem você está enfrentando as dificuldades, os seus problemas? Em nome de seus familiares, dos seus amigos, em nome do presidente, etc. Não, não, não!!! Levante-se, lute em nome do Senhor, ele não mudou, continua sendo o mesmo, tem em suas mãos o controle de tudo e de todas as coisas, só ele é quem nos dá a vitória sobre todos que nos desafiam. O senhor fala conosco através do profeta Isaías “Tu és o meu servo, eu te escolhi e não te rejeitei, 10não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Isaías 41.9b,10).

4-PORQUE O PROPÓSITO DE DAVI ERA GLORIFICAR A DEUS (1 Samuel 17.46,47)-
O jovem Davi tinha um alvo maior do que os seus compatriotas. Ele queria vencer o gigante filisteu para manifestar a glória de Deus, vede o que ele disse: “Hoje mesmo, o Senhor te entregará nas minhas mãos; ferir-te-ei, tirar-te-ei a cabeça e os cadáveres do arraial dos filisteus darei, hoje mesmo, às aves dos céus e às bestas-feras da terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel. Saberá toda esta multidão que o Senhor salva, não com espada, nem com lança; porque do Senhor é a guerra, e ele vos entregará nas nossas mãos” (1 Sm 17.46,47). O propósito principal de Davi era engrandecer o nome do Senhor em toda a terra. Não era fazer o seu nome conhecido, mas o nome do Deus de Israel. Saberá toda terra que há um Deus que salva. E, assim Davi derrotou Golias. Paulo ao escrever a igreja de Corinto nos ensina dizendo: “ Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus”. (1 Co.10.31). A pergunta de número um do Breve Catecismo de Westminster: Qual é o fim principal do homem? O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre³.

Como nós podemos viver para a glória de Deus? Vivendo de conformidade com a sua Palavra, que é a única regra para nos dirigir na maneira de o glorificar e gozar (Lc 24.27,44; 2 Pe 3.2, 15,16; 2 Tm 3.15-17; Jo 15.10,11; Is 8.20 e Jo 20.30,31). Se vivermos firmados na Palavra nós não vamos temer os gigantes que se levantam tentando nos intimidar, derrotar, etc. Nós vamos marca a nossa geração e o mundo vai ver que somos do Senhor, e só ele nos faz vencedor.

Meu amado, Deus está nos dando um grande privilégio de vivermos nesta geração, não podemos nos intimidar diante dos desafios, dos críticos e pessimistas ou dos gigantes que estão diante de nós, mas vamos enfrentar os gigantes sem nos deixar levar por aqueles que não conhecem a Deus. Vamos lutar em nome do Senhor e para a glória do Senhor.
Referência Bibliográficas

1- Swindoll, Charles R. Davi: um Homem segundo o Coração de Deus. – 1ª Ed.– São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1998

2-Frazão, Dilva. Biografia de Abraham Lincoln, Disponível em https://www.ebiografia.com/abraham_lincoln/ acesso em 08.08.2017

3- Martins, Valter Graciliano (organizador)-O Breve Catecismo. 1ª Ed. Especial – São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1991

Sobre o autor Pr. Eli Vieira é formado pelo Seminário Presbiteriano do Norte e pastor da Igreja Presbiteriana Semear, Itabuna-BA.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

O NOSSO DEUS É ÚNICO

 


Deus é incomparável


2 Reis 6:8 -33

A nosso ver, teria sido muito mais lógico o Senhor designar Elias, o “filho do trovão”, para confrontar os exércitos inimigos que invadiram Israel. Em vez disso, porém, Deus escolheu Eliseu, o jovem agricultor de espírito pacífico. Eliseu era como o “cicio tranquilo e suave” que veio depois do tumulto do vento, do terremoto e do fogo (1 Rs 19:11, 12), assim como Jesus veio depois de João Batista, o pregador com um machado na mão. Ao declarar a justiça de Deus e chamar ao arrependimento, tanto Elias quanto João Batista prepararam o caminho para o ministério de seus sucessores, pois sem convicção da culpa não há verdadeira conversão.

Neste momento convido você para juntos olharmos para este texto da Palavra de Deus e aprendermos algumas lições que nos ajudarão em nossa caminhada no meio das batalhas da vida.

O nosso Deus é único porque:

1-ELE É O DEUS QUE VÊ (2 RS 6:8-14)
Sempre que os siros planejavam um ataque à fronteira, o Senhor dava a informação a Eliseu, e o profeta avisava o rei. Baal jamais poderia ter feito isso pelo rei Jorão, pois os ídolos “Têm olhos e não vêem” (Sl 115:5). O Senhor não apenas vê as ações, mas também os pensamentos de todos (Sl 9 4:11; 139:1-4) bem como o coração (Pv 15:3, 11; Jr 1 7:10; At 1:24). Porém, um dos oficiais de Ben-Hadade sabia o que estava acontecendo e informou ao rei que o profeta Eliseu estava encarregado da “inteligência militar” e tinha conhecimento do que o rei dizia e fazia até no próprio quarto.

A solução lógica era eliminar Eliseu. Mais uma vez, vemos a ignorância do rei, pois se Eliseu ficava sabendo de todos os planos do rei para o ataque à fronteira, por certo também ficaria sabendo desse plano – e foi exatamente o que aconteceu! Os espias de Ben-Hadade encontraram Eliseu em Dotã, uma cidade cerca de 20 quilômetros ao norte da capital, Samaria. Em termos humanos, teria ficado mais seguro na cidade fortificada de Samaria, mas o profeta não teve medo, pois sabia que Deus cuidava dele.

Quando os servos de Deus estão dentro de sua vontade e realizando sua obra, tornam-se imortais até que essa obra esteja completa. Se o Pai cuida até mesmo de um pardal (Mt 10:29),então certamente está cuidando de seus filhos preciosos.

2-ELE É O DEUS QUE PROTEGE (2 RS 6:15-17)
Quando o jovem do profeta ao acordar viu a cidade cercada de soldados inimigos, sua reação foi natural e buscou a ajuda de seu senhor o profeta Eliseu.

Uma mulher disse ao evangelista D. L. Moody ter encontrado uma promessa maravilhosa que lhe dava paz quando estava preocupada e citou o Salmo 56:3: “Em me vindo o temor, hei de confiar em ti”. Moody disse que tinha uma promessa ainda melhor para ela e citou Isaías 12:2: “Eis que Deus é minha salvação; confiarei e não temerei”. Ficamos imaginando quais promessas do Senhor vieram à mente e ao coração de Eliseu, pois é a fé na Palavra de Deus que traz paz em meio à tempestade.

Eliseu não se preocupou com o exército; antes, sua maior preocupação foi com o servo assustado. Eliseu orou pedindo a Deus que abrisse os olhos do servo. Ele vivia de acordo com as aparências, não pela fé, e não conseguia ver o enorme exército angelical do Senhor cercando a cidade. A fé nos permite ver o exército invisível de Deus (Hb 11:2,7) e crer que ele nos dará a vitória.

3-ELE É O DEUS MISERICÓRDIOSO (2 RS 6:18-23)
Eliseu não pediu que o Senhor ordenasse ao exército angelical para destruir os soldados insignificantes de Ben-Hadade. Deus deu a Eliseu um plano muito melhor. Havia acabado de orar pedindo que o Senhor abrisse os olhos de seu servo e, então, orou pedindo que Deus escurecesse a vista dos soldados siros.

Se dependesse do rei Jorão, teria executado todos os soldados siros e assumido o crédito pela grande vitória, mas Eliseu interveio demonstrando misericórdia.

Será que esse tipo de abordagem evitaria conflitos nos dias de hoje? O mesmo princípio aplica-se ao fim do divórcio e ao abuso nas famílias, a tumultos e saques em bairros, a agitações em campi universitários e a divisões e conflitos em nossas comunidades. “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5:7).

4-ELE É O DEUS FIEL A SUA ALIANÇA (2 Rs 6:24-33)
Os ataques às fronteiras cessaram, mas Ben-Hadade ll decidiu que era chegada a hora de ir à guerra. Os governantes devem provar seu valor ao povo, e derrotar e saquear o inimigo é uma das melhores maneiras de revelar a própria força e sabedoria. Dessa vez, o rei enviou um exército completo, e temos a impressão de que pegou Jorão inteiramente despreparado.

O cerco de Samaria durou tanto tempo que o povo da cidade começou a morrer de fome. Se o rei Jorão tivesse chamado o povo ao arrependimento e à oração, a situação teria mudado (2 Cr 7:14). O povo foi degradado a tal ponto que precisou recorrer a alimentos imundos, como cabeça de jumento e esterco de pombos, pagando por eles preços exorbitantes e chegaram a comer os próprios filhos, mas Jorão não se quebrantou diante de Deus. Não obstante a incredulidade do rei Deus não abandonou o seu povo e no seu tempo livrou Israel das mãos do rei da Síria 2 Rs 7.6

Todos os dias neste mundo, estamos diante de batalhas, mas nós precisamos nos conscientizar que o Senhor luta por nós, pois “a peleja não é vossa, mas de Deus” ( 2 Cr 20.15). O mesmo Deus que livrou Israel é o nosso Deus hoje. Ele sabe o momento que estamos passando, ele nos protege a cada dia, é fiel a sua aliança e cumpre as suas promessas. Nesta certeza, podemos descansar no Senhor, ele não mudou.

Pr. Eli Vieira

ABORTO É A PRINCIPAL CAUSA DE MORTE NO MUNDO EM 2022 COM 44 MILHÕES DE BEBÊS MORTOS

 


O aborto foi a principal causa de mortes no mundo pelo quarto ano consecutivo. (Foto: Imagem ilustrativa/Unsplash/Carlos Navarro)


O número de mortes por aborto foi quase quatro vezes maior do que o de mortes causadas por doenças infecciosas.
O aborto foi a principal causa de mortes no mundo em 2022, pelo quarto ano consecutivo, de acordo o banco de dados de saúde Worldometer. No total, 44 milhões de bebês foram mortos no ano passado.

O relatório é baseado em estatísticas da Organização Mundial da Saúde, embora a OMS afirma que cerca de 73 milhões de abortos induzidos ocorrem no mundo a cada ano.

A segunda principal causa de morte em 2022 foi doenças transmissíveis, que causaram quase 13 milhões de mortes.

Em seguida, o câncer, vitimando 8 milhões de pessoas, 5 milhões de mortes causadas pelo tabagismo e 2,5 milhões de mortes relacionadas ao álcool.

Logo depois, vem as mortes ocasionadas pela AIDS; quase 2 milhões. As principais causas de mortes identificadas pelo Worldometer também incluem acidentes de trânsito, que mataram mais de 1 milhão de vidas, e suicídios, totalizando mais de 1 milhão..

Segundo o levantamento, as mortes por Covid-19 chegaram a 1.209.570 no ano passado.

Em 2022, o número de mortes por aborto foi quase quatro vezes maior do que o de mortes causadas por doenças infecciosas.

Leis pró-vida diminuem abortos

Nos Estados Unidos, após a derrubada do direito ao aborto pela Suprema Corte em julho, mais de 175 mil abortos foram evitados, segundo o grupo pró-vida Susan B. Anthony Pro-Life America.

Desde a decisão da Suprema Corte dos EUA, 14 estados americanos implementaram leis proibindo totalmente ou parcialmente a interrupção da gestação.

De acordo com estimativas do grupo pró-vida, a partir de 2 de dezembro, ocorreram 125.082 abortos a menos.

Nos últimos quatro anos, o aborto se manteve como a principal causa de mortes no mundo, apresentando um leve aumento ao longo dos anos.

Em 2021 e 2020, aproximadamente 44 milhões de bebês foram abortados. 42,4 milhões de fetos foram mortos em 2019.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO THE CHRISTIAN POST

sábado, 7 de janeiro de 2023

ESTADO ISLÂMICO ATACA CRISTÃOS EM MOÇAMBIQUE E FAZ AUMENTAR NÚMERO DE DESLOCADOS

 


A violência em Moçambique gerou mais de um milhão de deslocados internos. (Foto: Portas Abertas)


Terroristas publicaram em suas redes sociais imagens de casas incendiadas, identificando o local como “vila onde os cristãos moram”.

A situação para os cristãos em Moçambique ainda é muito crítica. O país que ocupou o 41º lugar na Lista Mundial da Perseguição, em 2022, continua apresentando um cenário perigoso para a Igreja, com sequestros, ataques e mortes daqueles que decidiram seguir os passos de Jesus.

No dia 30 de dezembro de 2022, membros do Estado Islâmico mataram duas pessoas e feriram outras quatro na área rural do estado de Cabo Delgado. Imagens de casas incendiadas na vila de Namande foram publicadas nas redes sociais dos extremistas.

Na publicação, eles assumiram a responsabilidade pelos ataques à “vila onde os cristãos moram”.

Sobre o ataque

“Estávamos preparando o jantar quando ouvimos os tiros. Percebi que eram os terroristas, avisei minha família e fugimos”, disse em entrevista um morador da vila atacada.

Forças do governo organizaram várias operações para parar os jihadistas em Namande, mas os confrontos continuaram noite adentro, forçando as pessoas a fugirem do local, de acordo com a Portas Abertas.

A opressão islâmica tem sido a forma mais comum de perseguição à Igreja no país, eliminando a vida de muitos.

A brutalidade dos jihadistas aumentou e um dos grupos extremistas tem ligações com o Estado Islâmico. Outro problema é a presença de cartéis de drogas em algumas áreas, que torna a vida dos cristãos que trabalham com jovens mais difícil.

Deslocados internos

A crise de refugiados tem se intensificado, desde que a província de Cabo Delgado passou a enfrentar uma insurgência armada. Os ataques começaram em 2017, gerando 1 milhão de deslocados internos, na maioria cristãos. Nos últimos cinco anos, pelo menos 4 mil mortes foram relatadas.

A crise ocupou as primeiras páginas dos jornais locais em março de 2021, quando jihadistas atacaram a cidade de Palma, no Norte de Moçambique, onde fica a sede de um projeto de extração de gás da empresa multinacional francesa Total Energies.

Os extremistas controlaram a região por um pequeno período, mas depois do ataque de março de 2021, o exército moçambicano recebeu apoio de cinco mil soldados da Comunidade Africana para o Desenvolvimento (SADC, da sigla em inglês), conseguiu derrotar o grupo e reconquistar a segurança na cidade e nas redondezas.

Novo alvo dos extremistas

A organização explica que, como a província de Nampula não é uma região economicamente relevante, se tornou o novo alvo dos extremistas.

Um relatório da ONU mostrou que sete cidades no estado de Cabo Delgado sofreram ataques, ocasionando 49.226 deslocados internos, sendo mulheres e crianças a maioria deles. As missões cristãs são os principais alvos dos jihadistas.

O último ataque na sexta-feira passada (30) evidencia a crise sociopolítica que o Norte de Moçambique está vivendo. Muitas famílias muçulmanas estão confusas e surpresas com a situação, já que a maioria dos jihadistas são jovens muçulmanos do próprio país. Ou seja, repentinamente, essas famílias veem filhos, irmãos e parentes se tornando extremistas e realizando ataques.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE PORTAS ABERTAS

Desobediência a causa da Derrota

 


Josué 7

Quando, pela fé, nos apropriamos de nossa herança em Cristo, experimentamos picos de vitória e vales de desânimo. O desânimo não é inevitável na vida cristã, mas devemos nos lembrar de que não há montanhas sem vales.

Josué 7 começa indicando que haverá uma mudança, pois Josué está prestes a descer do pico da vitória em Jericó para o vale da derrota em Ai. Josué era um líder competente e experiente, mas também era humano e, portanto, sujeito a errar.

Nessa experiência, ele nos ensina o que causa a derrota e como devemos lidar com o desânimo em nossa vida.

1. UM SOLDADO DESOBEDIENTE (Js 7:1,20 ,21) O pecador (v. 1). Seu nome era Acã ou Acar, que significa "perturbação", e ele era da tribo de Judá (Js 7:16) (ver 1 C r 2:7; observar em Js 7:26 que "Acor" também significa "perturbação"). Israel foi derrotado em Ai, e o inimigo matou trinta e seis soldados israelitas em decorrência da desobediência de Acã.

Jamais subestime o estrago que uma só pessoa fora da vontade de Deus pode fazer. A desobediência de Abraão no Egito quase lhe custou a esposa (Gn 12:10-20); a desobediência de Davi ao realizar um censo sem a permissão de Deus causou a morte de setenta mil pessoas (2 Sm 24), e a recusa de Jonas em obedecer a Deus quase fez afundar um navio (Jn 1). Paulo admoestou os cristãos de Corinto a disciplinar o homem desobediente que se encontrava no meio deles, pois seu pecado estava maculando a igreja toda (1 Co 5).

O povo de Deus hoje é um só corpo em Cristo. Consequentemente, pertencemos uns aos outros e afetamos a vida uns dos outros (1 Co 12:12ss). Qualquer fraqueza ou infecção numa parte do corpo humano contribui para a fraqueza e infecção das outras partes. O mesmo se aplica ao corpo de Cristo. "Se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam" (1 Co 12:26). "Um só pecador destrói muitas coisas boas" (Ec 9:18).

2. UM EXÉRCITO DERROTADO (Js 7:2-5) Como todo bom comandante, antes de planejar sua estratégia, Josué fez um levantamento da situação (Nm 21 :32 ; Pv 20 :18; 24:6). Seu erro não foi enviar os espias, mas sim presumir que Deus estivesse contente com seu povo e que lhes daria outra vitória em Ai. Ele e seus oficiais estavam agindo pelas aparências e não pela fé. Os líderes espirituais devem buscar, em todo tempo, a face do Senhor e descobrir qual é a vontade dele para cada novo desafio.

Ai ficava na região montanhosa, a cerca de vinte e cinco quilômetros de Jericó, e era preciso subir até lá, pois a cidade encontrava-se a quase seiscentos metros acima do nível no mar. O exército israelita marchou morro acima, mas não tardou a descer, batendo em retirada, cada um fugindo para salvar a própria vida e deixando para trás trinta e seis companheiros mortos.

Moisés havia advertido Israel de que não poderia derrotar o inimigo a menos que a nação fosse obediente ao Senhor. Se seguissem o Senhor pela fé, um soldado israelita correria atrás de mil soldados inimigos, e dois israelitas lutariam contra dez mil! (Dt 32:30) Três soldados israelitas poderiam ter derrotado a cidade inteira, se Israel estivesse sob o favor do Senhor (Js 8:25). "Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça" (Is 59:2).

 3. UM LÍDER DESANIMADO (Js 7:6-15) O líder que Deus havia engrandecido (Js 6:27) encontrava-se mortificado. Se alguma vez nossos melhores planos foram completamente despedaçados, então podemos nos identificar com Josué e seus oficiais.

O que Deus disse a Josué ajuda-nos a ver o pecado de Acã (e o pecado de Israel) do ponto de vista divino. O que fizeram foi pecado (Js 7:11), e pecar significa "errar o alvo". Deus quer que seu povo seja santo e obediente, mas os israelitas erraram o alvo e ficaram aquém dos padrões de Deus. Também foi uma transgressão (v. 11), que significa "ultrapassar o limite". Deus havia determinado um limite e dissera que não o ultrapassassem, mas eles transgrediram a aliança e cruzaram a linha que Deus havia determinado.

Acã havia tomado riquezas proibidas, mas fingiu ter obedecido ao Senhor. Havia agido com insensatez (v. 15) ao pensar que poderia roubar de Deus e escapar incólume. Israel não seria capaz de enfrentar qualquer inimigo até que tivesse expurgado esse pecado. Tudo o que Deus havia feito por seu povo até então de nada adiantaria, se não pudessem avançar vitoriosos. Que lição para a Igreja de hoje!

 4. UM PECADOR DESMASCARADO (Js 7:16-26) "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?", perguntou o profeta (Jr 17:9); e apresentou a resposta no versículo seguinte: "Eu, o S en h o r , esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações".

Quando Josué indicou Acã como o transgressor, o povo que estava olhando deve ter se perguntado: "Que perversidade ele cometeu para que o Senhor ficasse tão desgostoso conosco?" É possível que os parentes dos trinta e seis soldados mortos tenham se irado ao ver o homem cuja desobediência causou a morte de seus entes queridos.

A morte de Acã e de sua família foi, sem dúvida, uma advertência dramática para a nação não tomar a Palavra de Deus levianamente. Como o Senhor é maravilhoso de tomar Acor, um lugar de vergonha e derrota, e transformá-lo num lugar de esperança e de alegria. Quando você se entrega ao Senhor, nenhuma derrota é permanente e nenhum erro é irremediável. Mesmo o "vale de Perturbação" pode transformar-se numa "porta de esperança".

Pr. Eli Vieira

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