segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

VIVER EM OBEDIÊNCIA A DEUS


 Obediência por amor ao Senhor a chave de toda bênção

Texto: Dt 10:12 – 11:32

As palavras: “Agora, pois, ó Israel” (Dt 10:12) constituem a transição a que Moisés chega ao encerrar essa parte de seu discurso, uma seção em que ele lembra o povo dos motivos para obedecer ao Senhor seu Deus.

 Não se tratava de um assunto novo, porém, ainda assim, era uma questão importante, e Moisés queria que todos compreendessem a mensagem e que não a esquecessem: Viver em  OBEDIÊNCIA POR AMOR AO SENHOR ERA A CHAVE DE TODA BÊNÇÃO.

O Deus que age, ensina ao seu povo que a obediência por amor ao Senhor é a chave para uma vida  abençoada, Por isso Moisés falou aos filhos de Israel:

1-OBEDEÇAM OS MANDAMENTOS DO SENHOR (w. 12, 13) – A sequência destes cinco verbos é significativa: temer, andar, amar, servir e guardar. O temor do Senhor é a reverência que lhe devemos pelo simples fato de ele ser Senhor. Tanto no Antigo como no Novo Testamento, a vida de fé é comparada a uma caminhada (Ef 4:1, 17; 5:2, 8, 15).

O elemento central desse conjunto de cinco verbos é o amor, sendo que nessa parte de seu discurso Moisés emprega seis vezes termos relacionados a ele (Dt 10:12, 15, 19; 11:1, 13, 22). É possível temer e amar ao Senhor ao mesmo tempo? Sim, pois a reverência que demonstramos para com ele é uma forma amorosa de respeito que vem do coração. A palavra “coração” aparece cinco vezes nessa parte do discurso de Moisés (Dt 10:12, 16; 11:13, 16, 18), de modo que ele deixou claro que o Senhor quer mais do que obediência externa. Deseja que façamos a vontade dele de coração (Ef 6:6), uma obediência motivada pelo amor que alegra nosso Pai celestial.

Portanto, se amarmos a Deus, não será um fardo nem uma batalha lhe servir e guardar seus mandamentos. Esses cinco elementos são como partes de um motor, que devem ficar juntas e trabalhar em conjunto.

2-OBEDEÇAM PELO CARÁTER DE DEUS (VV. 14-22)-O equilíbrio entre o temor do Senhor e o amor ao Senhor é resultado de uma compreensão cada vez maior dos atributos de Deus. Enquanto estavam vivendo no Egito, os israelitas viram o poder do Criador quando ele mandou fogo, granizo, escuridão, rãs, piolhos e até morte, provando que estava no controle de todas as coisas. Quando o Criador do Universo é seu Pai, por que se preocupar?

A criação não revela claramente o amor e a graça de Deus, mas vemos esses atributos nas alianças que ele fez com seu povo (Dt 10:15, 16). Deus escolheu Israel porque o amava, e, por causa desse amor, entrou em aliança com ele, a fim de ser seu Deus e de abençoá-lo. Os cristãos do Novo Testamento sabem que fazem parte de uma aliança por causa da presença do Espírito Santo dentro deles (Ef 1:13 e 4:30; Rm 8:9, 16).

O Deus que adoramos e servimos também é santo e justo. Por ser santo, tudo o que Deus faz é justo, pois para Deus é impossível pecar. Sua conduta é imparcial, e ele não pode ser subornado por nossas promessas ou boas obras. Deus cuidou dos israelitas quando eram estrangeiros no Egito e esperava que eles cuidassem de outros estrangeiros quando Israel estivesse assentado em sua própria terra.

3-OBEDEÇAM PELO CUIDADO DE DEUS (10:21 – 11:7)-As palavras “o que fez” ou semelhantes são usadas seis vezes nesse parágrafo, pois a ênfase é sobre os feitos poderosos de Deus em favor de seu povo, Israel, “a grandeza do Senhor , a sua poderosa mão e o seu braço estendido” (Dt 11:2). O que Deus fez por Israel?

Quando os judeus eram escravos no Egito, Deus cuidou deles e multiplicou-os grandemente. Jacó e sua família fizeram sua jornada para o Egito, a fim de se juntarem a José (Gn 46), e setenta pessoas transformaram-se numa nação poderosa de cerca de dois milhões. Moisés também lembrou a nova geração de que Deus havia cuidado deles durante o tempo em que vagaram pelo deserto, mas mencionou apenas um acontecimento específico: o julgamento de Deus sobre Datã e Abirão (Dt 11:5, 6; Nm 16; Jz 11).

Era importante que essa nova geração aprendesse a respeitar os líderes de Deus e a obedecer aos mandamentos do Senhor com relação ao sacerdócio. Ainda hoje, indivíduos arrogantes que desejam promover-se e ser “importantes” na igreja devem ter cuidado com a disciplina e o juízo de Deus (At 5:1-11; 1 Co 3:9-23; Hb 13:17; 2 Jo 9-12).

4- OBEDEÇAM PELAS PROMESSAS DA ALIANÇA (W. 8-25)- A palavra-chave desta parte do discurso é “terra” e aparece pelo menos doze vezes, referindo-se à terra de Canaã que Deus havia prometido a Abraão e a seus descendentes quando entrou em aliança com ele (Gn 13:14-1 7; 15:7-21; 1 7:8; 28:13; 5:12; Êx 3:8). A terra de Israel serviria de palco em que se desenrolaria o grande drama da redenção.

Se Israel desejava possuir a terra, permanecer nela e desfrutá-la, deveria obedecer aos mandamentos de Deus, pois toda a terra de Israel pertence ao Senhor (Lv 25:2, 23, 38).  O mesmo princípio aplica-se aos cristãos de hoje: em Cristo temos “toda sorte de bênção espiritual” (Ef 1:3), mas não podemos nos apropriar delas, nem desfrutá-las a menos que creiamos nas promessas de Deus e que obedeçamos a seus mandamentos.

De que maneira nos apropriamos das bênçãos de Deus? Ao dar um passo de fé (Dt 11:24, 25). Foi isso o que Deus ordenou a Abraão (Gn 13:17), bem como a Josué (Js 1:3). Você não “toma posse da terra” ao estudar o mapa e sonhar com a conquista. Você toma posse ao dar um passo de fé, crer na Palavra de Deus e depender da fidelidade do Senhor. J. Hudson Taylor disse: “Como fazer para que a fé se fortaleça? Não lutando por ela, mas, sim, descansando sobre aquele que é fiel”.

Pr. Eli Vieira

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

O ANTICRISTO, O HOMEM DA INIQUIDADE

 


“Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição” (2Ts 2.3).

 

            A Bíblia, a palavra de Deus, reiteradamente fala sobre o Anticristo, o homem da iniquidade. Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento descrevem esse arqui-inimigo de Cristo e da igreja. Em face de uma agenda global que vai ganhando espaço no Brasil e no mundo, erguendo a bandeira do ateísmo, do relativismo moral, do marxismo cultural e da desconstrução dos valores cristãos, trago aqui algumas reflexões.

            Em primeiro lugar, o Anticristo será o homem sem lei (2Ts 2.3). A palavra grega para iniquidade, no texto em tela, é anomos, “sem lei”. O mundo é regido por essa cosmovisão e por essa agenda que não suporta princípios e valores. Os pilares da família são atacados. Os fundamentos da sociedade são destruídos. Não se trata mais de concessão ao erro nem mesmo de inversão de valores. Vemos, hoje, o controle do erro. Não se suporta mais a verdade. Não se tolera a luz. Vivemos numa sociedade pelo avesso, onde a virtude é escarnecida e as práticas mais vergonhosas são aplaudidas. Nessa sociedade hedonista, os absolutos morais são banidos. A lei é torcida, golpeada e manipulada para atender às demandas desse viés que não suporta Deus nem sua lei. O antinomismo governa. A iniquidade campeia. A degradação moral impera.

            Em segundo lugar, o Anticristo trará em sua esteira a apostasia (2Ts 2.3). Aqueles que um dia professaram a fé cristã, vê-la-ão como radical demais e virarão suas costas para ela. Sacudirão de sobre si o jugo de Cristo. Deixarão as fileiras do cristianismo para abraçar uma fé inclusivista. Estarão mais interessados em agradar ao mundo do que a Cristo. Desejarão mais os aplausos do mundo do que a aprovação de Deus. Subscreverão uma teologia progressista e liberal, que despreza a inerrância das Escrituras. Abraçarão uma graça barata, cunhada de “super graça”, que justifica o pecado e não o pecador. A apostasia é uma realidade gritante. O nome de Deus tem sido banido dos parlamentos, dos palácios, dos tribunais, das escolas e até de algumas igrejas.

            Em terceiro lugar, o Anticristo agirá na força de Satanás (2Ts 2.9). O Anticristo vem como opositor e substituto do verdadeiro Cristo. Representará um simulacro da encarnação do Verbo eterno de Deus, pois será uma espécie de encarnação do próprio Diabo. Seu aparecimento será segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, com todo engano de injustiça aos que perecem. O Dragão, o Diabo, lhe dará o seu poder, o seu trono e grande autoridade. Sua boca proferirá arrogâncias e blasfêmias. Receberá autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação. Adorá-lo-ão todos os que habitam sobre a terra, exceto aqueles cujos nomes estão escritos no Livro da Vida do Cordeiro.

            Em quarto lugar, o Anticristo perseguirá furiosamente o povo de Deus (Ap 13.7). O Anticristo vai pelejar contra os santos, os filhos de Deus, impondo-lhes sofrimento atroz. Esse será o tempo da manifestação do iníquo e da grande tribulação. Sua perseguição irá às últimas consequências, pois ele matará a todos aqueles que se recusarem a adorá-lo. Mesmo o Anticristo recebendo uma adoração universal, aqueles que têm selo de Deus e seus nomes escritos no Livro da Vida, jamais se dobrarão a ele. Ao contrário, mesmo morrendo, vencerão o Diabo e o Anticristo, pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do testemunho.

            Em quinto lugar, o Anticristo será destruído pela manifestação da vinda de Cristo (2Ts 2.8). Cristo virá em sua majestade e glória e o Anticristo será quebrado sem esforço de mão humana. Cristo o matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda. O Anticristo será lançado no lago do fogo juntamente com o Falso Profeta. O Diabo e a morte também serão lançados no lago do fogo. Enfim, todos aqueles cujos nomes não estão escritos no Livro do Vida serão lançados no lago do fogo. A igreja vitoriosa e sobranceira, porém, reinará com Cristo pelos séculos eternos. O povo de Deus não precisa temer. Somos mais que vencedores em Cristo Jesus!

 Rev. Hernandes Dias Lopes 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

ENCORAJANDO O POVO DE DEUS


Ageu 1

Os obstáculos muitas vezes nos desanimam e nos fazem perder o verdadeiro propósito da vida.

Quando foram lançados os alicerces do templo em Jerusalém, no ano de 536 a.C., os homens mais jovens exultaram, enquanto os mais velhos choraram (Ed 3:8-13). No entanto, não tardou para que o zelo esfriasse e para que o povo de Deus desse lugar à apatia, especialmente quando diante das ameaças eles pararam a construção do templo.

Nesta mensagem, Ageu apresenta quatro admoestações que nos encoraja ainda hoje como igreja do Senhor:

1 . COLOQUEM DEUS EM PRIMEIRO LUGAR EM SUA VIDA (Ag 1:1-4) - A primeira mensagem divina, foi direto ao cerne do problema e desmascarou a hipocrisia e a incredulidade do povo.

Desculpas. "Ainda não é hora de reconstruir a Casa do S e n h o r " - foi a justificativa do povo para sua inatividade. Benjamin Franklin disse: "Jamais conheci um homem que fosse bom em inventar desculpas e que também fosse bom em alguma outra coisa". A incoerência do povo era assustadora: ainda não era hora de construir a casa de Deus, mas era hora de construir suas próprias casas!

Quando colocamos Deus em primeiro lugar e lhe damos o que é de direito, abrimos a porta para o enriquecimento espiritual e para o tipo de mordomia que honra ao Senhor.

2 . CREIAM NAS PROMESSAS DE DEUS (Ag 1:5,6,9-11) - A segunda admoestação de Ageu convidou o povo a examinar seu modo de vida e suas ações à luz da aliança que Deus havia feito com eles antes de sua nação entrar na terra de Canaã (Lv 26; Dt 27 - 28). O verbo "considerar" significa "meditar, pensar com cuidado" (Ag 1:5). Era chegada a hora do povo fazer uma séria introspecção diante do Senhor.

Pelo fato de os judeus terem voltado à terra em obediência ao Senhor, pensaram que ele lhes daria bênçãos especiais por seus sacrifícios, mas se decepcionaram (Ag 1:9). Em vez disso, o Senhor fez vir uma seca e reteve tanto o orvalho quanto a chuva. Tomou suas bênçãos dos homens que labutavam nos campos, nas vinhas e nos pomares. No versículo 11, Ageu citou os produtos básicos dos quais o povo necessitava para sobreviver: água, grãos, vinho e azeite (Dt 7:13; 11:14).

Mais uma vez, o profeta revelou a origem de seus problemas: o povo estava ocupado demais construindo suas próprias casas e não tinha tempo para a casa do Senhor (Ag 1:9). É exatamente o que se encontra em Mateus 6:33! Se a nação tivesse crido naquilo que Deus havia prometido em suas alianças, teria obedecido ao Senhor e desfrutado suas bênçãos.

3 . GLORIFIQUEM O NOME DE DEUS - (Ag 1:7,8) - De acordo com Esdras 3:7, os judeus compraram madeira de Tiro e Sidom, como Salomão havia feito quando construiu o primeiro templo (1 Rs 5:6-12). Aqui, Ageu ordenou que os homens fossem às florestas nas montanhas e que cortassem a madeira para ser usada a fim de reparar e de reconstruir o templo. O que aconteceu com a primeira leva de madeira? Não sabemos, mas nos perguntamos onde o povo conseguiu material para fazer suas casas sofisticadas, quando não havia madeira disponível para a casa de Deus.

Sem dúvida, não agradou a Deus nem glorificou seu nome quando o povo deixou de lado a casa do Senhor para construir casas sofisticadas para si mesmos. Sabemos que Deus não vive em templos feitos por mãos humanas (At 7:48-50) e que os edifícios de nossas igrejas não são sua santa morada, mas a maneira como cuidamos desses templos reflete nossas prioridades espirituais e nosso amor por Deus.

O Dr. G. Campbell Morgan expressou-se bem quando pregou sobre Ageu 1:4 muitos anos atrás: “Apesar de, hoje em dia, a casa de Deus não ser mais material, mas sim espiritual, o material ainda é um símbolo muito real do espiritual. Quando a igreja de Deus em qualquer lugar é desleixada com o ambiente físico de reunião, com seu lugar de adoração e seu trabalho, trata-se de um sinal e de uma evidência de declínio da vida dessa igreja”.

4 . OBEDEÇAM À ORDEM DE DEUS - (Ag 1:12-15) Quando Deus nos fala por sua Palavra, a única resposta aceitável é nossa obediência. Não devemos duvidar, mas obedecer. Como disse o pregador inglês Geoffrey Studder-Kennedy: "Fé não é crer apesar das evidências, é obedecer apesar das consequências".

Os líderes e todo o povo uniram-se em obediência às instruções de Deus e foram motivados por um temor reverente do Senhor (Ag 1:12). Afinal, ele é o "Senhor dos Exércitos", título usado dez vezes no livro de Ageu (vv.2,9,14;2:4,7,8,9,23). Deus é o comandante supremo das hostes celestiais (estrelas e anjos) e da terra. A obediência sempre revela mais da verdade de Deus (Jo 7:7), e o profeta garantiu-lhes que Deus estava com eles em suas empreitadas (Ag 1:13; ver 2:4).

A Igreja de hoje pode aprender uma lição com o remanescente judeu do tempo de Ageu. Com demasiada frequência, inventamos desculpas quando deveríamos estar nos confessando e obedecendo ao Senhor. Dizemos: "Não é hora de o Espírito trazer reavivamento". "Não é hora de expandir o ministério". Agimos como se entendêssemos os "tempos ou épocas" que Deus ordenou a seu povo, mas na verdade não os compreendemos (At 1:6,7).

Qualquer interpretação da Bíblia que limite a Deus e que incentive seu povo a ser indolente em vez de diligente no ministério é uma interpretação falsa e deve ser rejeitada. A fim de que o Senhor se agrade de nós e seja glorificado diante de um mundo incrédulo, devemos ouvir sua voz, crer nela e agir de acordo com ela, quaisquer que sejam as circunstâncias. Afinal, Deus está conosco, e "Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Rm 8:31).

Pr. Eli Vieira

 

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