sexta-feira, 30 de setembro de 2022

DANIEL, UM HOMEM FIEL


Daniel 6.4

Policarpo presbítero de Esmirna era um servo fiel ao Senhor. Ao ser preso por causa da sua fé, tentaram convencê-lo dizendo: ora que mal há em dizer: “Senhor César” e sacrificar aos deuses como de costume, se assim salvas a tua vida? Ele respondeu não hei de fazer como me aconselhais.

Levaram Policarpo para o estádio. Na presença do juiz, foi exortado abandonar sua fé em Jesus, que jurasse pelo imperador. Ele respondeu: “faz oitenta e seis anos que sirvo ao Senhor e nenhum mal me fez, como hei de negar ao Senhor que me salvou”.  Em seu diálogo com o juiz, foi ameaçado primeiro com as feras, e depois ser queimado vivo, ele respondeu: “o fogo que o juiz poderia acender demoraria pouco, e se apagaria, mas o castigo do inferno era eterno”. Ante a sua firmeza e fidelidade a Deus, ele foi condenado a fogueira. No meio ao fogo que começava a devorá-lo, orou agradecendo o privilégio de ser contado entre os mártires por amor a Cristo e por fidelidade ao seu ao seu Senhor e Salvador.

O profeta Daniel foi um homem fiel a Deus, não obstante as circunstâncias adversas que enfrentou. Ele foi arrancado da sua terra ainda jovem, perdeu sua família, sua cidade, seu país. Seu passado foi marcado por dores, mas ao chegar na Babilônia não abandonou a sua fé no Senhor dos Exércitos, mesmo diante um presente de oportunidades, ele continuou sendo fiel a Deus. Por que Daniel foi um homem fiel a Deus?

 1-PORQUE ELE ESTAVA FIRMADO NA PALAVRA DE DEUS (Dn 6.5) - O povo de Judá, depois da morte do rei Josias,  passara a viver  como se nunca tivesse ouvido falar de Deus. Os falsos profetas confundiram a mente do povo, os sacerdotes não tinham compromisso com o Senhor e sua Palavra, a nação foi invadida pela idolatria, injustiça, feitiçaria, corrupção, etc. Como consequência da decadência espiritual, foram levados para o cativeiro, conforme Deus tinha falado através do profeta Jeremias.

Muitos judeus se voltaram para Deus em meio ao caos da derrota, da tristeza e deportação para a Babilônio. Veja o exemplo de Daniel, na Babilônia, ele fundamentou a sua vida na Lei do Senhor Dn 6.5,9. Foi com a sua vida firmada na Palavra de Deus que Daniel mesmo no cativeiro fez diferença. Ele poderia ter se conformado ao mundo babilônico, pois ali foi promovido e passou a assistir diante do rei(Dn 1.19-21), foi um dos presidentes nomeado por Dario (Dn 6.1.2), não obstante o seu presente de oportunidades, ele continuou sendo fiel a Deus.

Como cristão, se queremos fazer diferença hoje, precisamos fundamentar a nossa conduta na Palavra viva e eficaz, porque só na Bíblia nós  encontramos “todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para glória dEle, para salvação, fé e vida do homem…”(Confissão de Fé de Westminster).

2- PORQUE ELE ERA UM HOMEM DE ORAÇÃO (Dn 6.10,11,13; 9.3-19) - A oração fazia parte da vida de Daniel, sua intimidade com Deus era conhecida por aqueles que não conheciam a Deus. Quando aqueles homens invejosos procuraram atingir Daniel, eles fizeram o rei assinar um decreto que proibia qualquer homem fazer petição a outro deus senão ao imperador Dn 6.4-7. O objetivo deles era atingir Daniel, porque eles conheciam a vida de oração de Daniel.

Os reformadores foram homens de oração, para Calvino a “oração é o principal exercício da fé mediante o qual recebemos diariamente os benefícios de Deus”. O grande pregador ao ar livre George Whitefield, ardia nele um zelo santo de ver todas as pessoas libertas da escravidão do pecado. Este homem lutava com Deus em oração dizendo: “Se não queres dá-me almas, retira a minha!” A oração é a própria marca dos cristãos ( I Tm 5.5; At 2.42), como disse J. C. Ryle “o habito da oração é uma das características comum aos eleitos de Deus”. 

Nos dias atuais, muitos cristãos não estão buscando a face do Senhor. A nossa maior necessidade hoje é vivermos na presença de Deus. Se queremos ser diferentes e testemunhas de Cristo nesta Babilônia, precisamos buscar, depender e viver na presença do Senhor, que  ouve e responde as nossas orações.

 3-PORQUE ELE CONHECIA DEUS (Dn 6.23) - A confiança de Daniel, era resultante do seu conhecimento do Deus vivo, que age e intervém na história do homem, mesmo sendo transcendente, ele é imanente, onisciente, onipresente e onipotente, por isso contemplamos a sua coragem ao resistir as petulantes tentações, principalmente nos cargos que ocupou. Ele não deixou de testemunhar que existia um Deus soberano que dirige e sustenta o mundo e controla todas as coisas(Dn 2.20ss; 5.17ss; 6.20).

A vida de Daniel não foi fácil, foi marcada por lutas e vitórias. Como disse o ex-presidente americano Theodore Roosevelt: ”nunca houve um homem que viveu de maneira fácil e cujo nome seja digno de ser relembrado”.  Deus estava sustentando o seu servo em cada momento de sua vida, mesmos nos momentos mais desafiadores. Daniel mesmo diante das adversidades da vida não se conformou com o mundo, não se preocupou com o seu cargo, com o seu status, antes preferiu ser fiel, ser jogado na cova dos leões, mas não abandonou a sua confiança em Deus (Dn 6.16-23).

Hoje somos desafiados a seguirmos o exemplo de Daniel, não importa as circunstâncias que tenhamos passado ou estejamos vivendo no presente,  Deus nos chamou para sermos servos fieis. Portanto, você precisa se entregar a Deus e confiar nEle independente das circunstâncias, na certeza que Deus proverá, ele está no controle da minha e da tua vida. Deus é Soberano, você  foi chamado para honra e glória dEle independente das circunstâncias, quer venhamos viver ou morrer, nós não podemos nos conformar com o mundo, mas obedecer a Deus. Somente a glória de Deus.

  Pr. Eli Vieira

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Morre o Irmão André, o ‘contrabandista de Bíblias, que fundou a Portas Abertas

 


Irmão André. (Foto: Portas Abertas)

O missionário conhecido mundialmente deixou um legado de 67 anos de trabalho pela Igreja Perseguida.

Faleceu nesta terça-feira (27), em sua casa na Holanda, aos 94 anos de idade, o missionário Anne Van der Bijl — conhecido simplesmente como Irmão André. 

Entregar Bíblias “clandestinamente” na antiga União Soviética se tornou uma missão para ele. Conhecido também como “Contrabandista de Deus”, seu legado de mais de 67 anos de trabalho pela Igreja Perseguida inspira muitos cristãos até o dia de hoje. 

O fundador da Portas Abertas — ministério internacional em favor dos cristãos perseguidos  — começou seu trabalho em 1955, quando foi com uma delegação holandesa ao Festival Mundial da Juventude Comunista na Polônia. 

Foi lá que ele descobriu uma igreja cristã por trás da Cortina de Ferro que precisava de Bíblias desesperadamente. E ali o Irmão André distribuiu uma mala cheia de literatura cristã, marcando assim o humilde início da organização. 



Irmão André. (Foto: Portas Abertas)

Sobre o Irmão André

Nascido num pequeno vilarejo na Holanda, no dia 11 de maio de 1928, um dos seis filhos de um ferreiro e de uma dona de casa, se transformou num “grande missionário”. 

Ele teve um encontro com Deus depois que começou a ler a Bíblia, em 1949, aos 21 anos. “Não havia muita fé em minha oração. Apenas disse: Senhor, se me mostrares o caminho, eu te seguirei”, ele contou em certa ocasião.

“A Palavra de Deus transforma as pessoas e elas mudam as situações ao seu redor”, ele afirmava.

O jovem Anne passou por diversas dificuldades familiares e tinha o desejo por desafios — isso o levou até a guerra da Holanda contra a Indonésia. “Ele era sedento por uma aventura que fizesse a vida valer a pena”, conforme a Portas Abertas.

Porém, as duras consequências das batalhas, como sofrimento e mortes, frustraram o soldado. Foi após levar um tiro na perna, que Anne foi conduzido, gradativamente, aos caminhos do Senhor.

“Com uma nota no vento berrando para mim para não ser tolo, entreguei-me a Deus por completo — corpo, alma, espírito e aventura”, declarou certa vez.

Assim que começou a viajar contrabandeando Bíblias por países comunistas como Tchecoslováquia, Iugoslávia, Romênia e Bulgária, Anne ganhou o fusca azul como companheiro para as viagens. O carro rodava pelas estradas abarrotado de Bíblias, livros e suprimentos para as pessoas em campos de refugiados. 


Fusca do Irmão André. (Foto: Portas Abertas)

Os relatos sobre a vida e começo do ministério do Irmão André são encontrados no livro “O Contrabandista de Deus”, que se tornou um best-seller. Nele, estão registradas suas viagens para países da chamada “Cortina de Ferro”, fechados ao Evangelho, com a finalidade de levar Bíblias para cristãos locais. 

O Irmão André foi casado por 59 anos com Corry, que faleceu em 23 de janeiro de 2018. Eles deixam cinco filhos e onze netos. 

“Fortaleça o que resta e que estava para morrer”

Sabe-se que a base bíblica para o início do trabalho missionário foi Apocalipse 3.2: “Esteja atento! Fortaleça o que resta e que estava para morrer”.  

Com esse foco espiritual, a Portas Abertas completou 67 anos de ministério em 2022 e já alcança mais de 60 países. 

A missão conta com mais de 1.400 colaboradores globalmente, com o propósito de apoiar e fortalecer cristãos perseguidos e igrejas em países onde há perseguição aos que se declaram cristãos.

O Irmão André sempre dizia: “Nossa missão se chama Portas Abertas porque acreditamos que todas as portas estão abertas, em todo o tempo e qualquer lugar. Eu literalmente acredito que toda porta está aberta para ir e pregar o Evangelho, desde que você esteja disposto a ir e não esteja preocupado em voltar”. 

Para o secretário-geral da Portas Abertas no Brasil, Marco Cruz, “o irmão André, nos deixa um exemplo de obediência ao Senhor e ao seu chamado. Foi obediente ao ponto de colocar muitas vezes em risco a sua própria vida”. 

“Ele não media esforços para seguir o chamado recebido de Deus e servir aos cristãos perseguidos. Como ele mesmo dizia: ‘Claro que é perigoso, mas é mais perigoso não obedecer a Deus. Segurança é algo que não está em jogo quando se trata da Grande Comissão’”, citou. 


Irmão André. (Foto: Portas Abertas)

‘Somos gratos pela vida e legado do nosso querido Irmão André’

Estima-se que o Irmão André tenha visitado 125 países e percorrido mais de um milhão de milhas em suas viagens para pregar o Evangelho e fazer amizade com pessoas em necessidade. 

Sua amizade e amor a Deus o levaram a reuniões privadas com líderes de vários grupos fundamentalistas. Ele foi um dos poucos líderes ocidentais que regularmente ia a esses grupos como um embaixador de Cristo. 

Seu livro de 2004, “Força da Luz: uma tocante história da igreja pega no meio do fogo cruzado no Oriente Médio”, em co-autoria com Al Janssen, conta sobre seu evangelismo no Oriente Médio. 

Um outro livro, também em co-autoria com Al Janssen, publicado em 2007, foi “Cristão Secretos: o que acontece quando muçulmanos creem em Cristo”. 


Irmão André. (Foto: Portas Abertas)

IO Irmão André levou a Portas Abertas a lugares onde a maioria dos cristãos não iria. Sua rede subterrânea de cristãos locais ajudou na distribuição de milhões de Bíblias a cada ano em todo o mundo, bem como no treinamento de centenas de milhares de líderes cristãos. 

Conforme a organização, o ministério também assiste a Igreja Perseguida por meio de ajuda socioeconômica, alfabetização, treinamento vocacional, entre outras frentes de atuação, nos países mais perigosos do mundo. 

“Somos imensamente gratos pela vida, exemplo e legado do nosso querido Irmão André. Saber que ele não estará mais conosco nos deixa com o coração pesado e triste. Por outro lado, temos o desafio e a responsabilidade de continuar o seu trabalho de apoio à Igreja Perseguida”, disse ainda Marco Cruz. 

“Ele mesmo disse: ‘Todo cristão que sofre por causa de sua fé deve ser lembrado e apoiado por outros cristãos. Enquanto existir um cristão preso por sua fé em Jesus Cristo, eu não sou livre’”, lembrou  Marco Cruz ao concluir.

Guiame sente muito pela morte do Irmão André e ora pelo conforto da família e amigos que se despedem do grande missionário. 



Irmão André. (Foto: Portas Abertas)

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE PORTAS ABERTAS

China está “reescrevendo” a Bíblia para tentar controlar igrejas, diz organização cristã


Culto cristão em igreja na China. (Captura de tela/Journeyman Pictures)

Tradução socialista da Bíblia é mais um passo para o Partido Comunista Chinês controlar pessoas, diz Voz dos Mártires.

Reescrever a Bíblia através de uma lente comunista é a missão do Partido Comunista Chinês com o objetivo de adequar a linguagem das Escrituras ao regime dominante no país.

A busca resultou em distorções chocantes da verdade das Escrituras e do Evangelho.

Em entrevista ao Faithwire, o porta-voz do The Voice of the Martyrs (VOM), um órgão de vigilância de perseguição que serve a cristãos em todo o mundo, falou sobre os esforços contínuos do governo chinês para reimaginar a Bíblia.

“Este é um projeto que o Partido Comunista Chinês anunciou em 2019. Na época, eles disseram que seria um processo de cerca de 10 anos … para liberar uma nova tradução da Bíblia”, disse Todd Nettleton, observando que incluiria princípios confucionista e budista, entre outros. “Esta nova tradução… realmente apoiaria o Partido Comunista.”

Uma das versões reescrita da Bíblia foi compartilhada pela VOM recentemente. A versão reimaginada da história centrada no amor de Jesus e na compaixão por uma mulher pega em adultério.

“O Partido Comunista Chinês (PCC) anunciou planos de atualizar a Bíblia para ‘acompanhar os tempos’. As revisões incluirão a adição de ‘valores socialistas centrais’ e a remoção de passagens que não refletem as crenças comunistas”, dizia um post do VOM no Facebook.

“Em um livro didático para alunos do ensino médio lançado em setembro de 2020, os autores incluíram uma passagem de João 8, conforme revisada em sua nova versão.”


Cristãos durante culto na China. (Captura de tela/Journeyman Pictures)

O texto genuíno e autêntico de João 8 na Bíblia fala sobre o perdão de Jesus a uma mulher apanhada em adultério e levada pelos fariseus diante dele: “Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. Na Lei, Moisés nos ordenou que apedrejássemos essas mulheres. Agora o que você diz?”

Segundo a Bíblia observa que esses líderes judeus estavam “usando essa pergunta como uma armadilha” para acusar Jesus. Ainda assim, Cristo começou a escrever no chão com o dedo (é um mistério o que ele estava escrevendo) e então pronunciou algumas palavras transformadoras (versículo 7).”

Depois que as pessoas – claramente abaladas pelas palavras de Jesus – foram embora, Cristo e a mulher ficaram juntos, e sua troca foi a seguinte (NVI):

Cristo: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?”

Mulher: “Ninguém, senhor.”

Cristo: “Então eu também não te condeno. Vá agora e deixe sua vida de pecado.”

‘Jesus pecador’

Na versão do Partido Comunista Chinês, essa interação há um relato falso e antibíblico que vai contra a verdade das Escrituras.

Na nova versão do governo chinês – supostamente observada em um livro publicado em setembro de 2020 – a multidão se dispersa, mas o texto afirma: “Quando todos saíram, Jesus apedrejou a própria mulher e disse: ‘Eu também sou um pecador’”.

Segundo a VOM, a China está reescrevendo a Bíblia para confrontar diretamente a divindade de Jesus, algo que Nettleton disse ser bastante chocante.

“Em certo sentido, é tão arrogante pensar: ‘Vou reescrever a história de Jesus’… mas então você pensa em negar a divindade de Cristo”, disse ele. “Se Jesus é um pecador, então ele não é Deus.”

Controle

Para quem se pergunta por que o Partido Comunista Chinês tomaria medidas tão preocupantes para tentar diminuir o Evangelho, Nettleton disse que tem tudo a ver com controle.

“A questão para o Partido Comunista Chinês é o controle. É sempre uma questão de controle”, disse ele. “E eles veem a… mensagem cristã como algo que tiraria o controle do partido comunista.”

Em vez de os cidadãos acordarem e jurarem fidelidade a um Deus amoroso e ponderarem sobre maneiras de servir a Jesus, Nettleton disse que o objetivo do governo é que os cidadãos chineses acordem todos os dias e digam: “Como posso servir ao partido hoje? Como posso ser um bom comunista hoje?”

Perseguição

Além de preocupante, a reescrita da Bíblia é apenas parte das tentativas contínuas do governo chinês de reprimir a fé cristã. É o que acontece com o Movimento Patriótico das Três Autonomias, uma denominação protestante controlada e registrada no Partido Comunista Chinês.

“A igreja protestante da China, oficialmente sancionada, sempre tentou cooptar o cristianismo e usá-lo para fins comunistas”, disse Nettleton. “Mas eles, mesmo nos últimos anos, deram um passo adiante.”

Todas as referências de Jesus foram retiradas dentro das igrejas e, em alguns casos, substituídas por fotos do presidente chinês Xi Jinping. Os hinos cristãos também foram substituídos por hinos do partido comunista.

A nova tradução da Bíblia, ao que parece, é apenas mais um passo em direção à anarquia antibíblica dentro das fileiras do Partido Comunista Chinês.

“Esta nova tradução socialista da Bíblia é apenas mais um passo para o Partido Comunista Chinês enquanto eles tentam controlar a igreja e realmente cooptar o cristianismo como meio de controlar as pessoas e ajudá-las a servir aos interesses do Partido”, afirmou Nettleton.

Única versão

A Bíblia reescrita deve se tornar a única versão oficialmente disponível das Escrituras no sistema eclesiástico, que é controlado e administrado pelo regime comunista.

“A única maneira de obter legalmente uma Bíblia na China é em uma igreja registrada e, se a maioria estiver nas grandes cidades. [e] se você estiver em uma área rural, quase não terá acesso a Bíblias”, disse ele.

Além do acesso limitado às Bíblias, que sempre foi um problema na China, agora a questão é agravada por uma versão socialista das Escrituras que coloca em dúvida a divindade de Cristo e evoca detalhes imprecisos.

É por isso que a organização de Nettleton continua a ajudar a levar Bíblias aos cidadãos chineses.

“Essa é uma das razões pelas quais a Voz dos Mártires e outros grupos estão tão comprometidos em entregar Bíblias na China – até mesmo contrabandeando Bíblias para a China – porque não está disponível”, disse ele.

“Uma das coisas que espero sobre esta nova tradução é que ela saia pela culatra e as pessoas se perguntem: ‘Por que foi tão importante para o governo chinês retraduzir a Bíblia? Por que era tão importante para eles mudar isso?’”

Nettleton diz que espera que os cidadãos chineses comparem a nova versão com a antiga e vejam as mudanças.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

QUANDO TUDO PARECE PERDIDO





 NÃO DESISTA MESMO QUANDO TUDO PARECE PERDIDO

Atos 12.1-24

O pastor britânico, evangelista e escritor Alan Redpath (1907-1989)) costuma dizer: "Vamos manter a cabeça erguida e os joelhos dobrados - a vitória está do nosso lado!"

Meus irmãos, imagine ser acordado por um anjo e levantar-se para um milagre! Foi o que aconteceu com Pedro quando estava na prisão pela terceira vez, à espera de seu julgamento quando muitos em Israel naquele tempo estavam esperando pela sua morte.

Anos depois, quando escreveu sua primeira epístola, Pedro talvez tivesse essa experiência em mente ao citar o Salmo 34:15 e 16: "Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males" (1 Pe 3:12). Sem dúvida, essa citação resume o que Deus fez por Pedro naquela noite quando o rei Herodes estava prestes apresenta-lo ao povo e revela três certezas maravilhosas aos servos de Deus que nos encoraja em tempos difíceis, mesmo quando tudo parece perdido, não podemos desistir, por quê?.

1. PORQUE DEUS VÊ NOSSAS TRIBULAÇÕES (At 12:1- 4) - Deus viu e atentou para o que Herodes Agripa fazia contra seu povo. Esse homem perverso era neto de Herodes, o Grande, que havia mandado matar as crianças de Belém, sobrinho de Herodes Antipas, que havia ordenado a decapitação de João Batista.

Herodes ordenou a prisão de vários cristãos, dentre eles Tiago (irmão de João), o qual ordenou que fosse decapitado. Assim, Tiago tornou-se o primeiro dos apóstolos a ser martirizado. Herodes estendera sua mão para destruir a igreja, mas Deus estenderia sua mão para realizar sinais e prodígios, a fim de glorificar seu Filho (At 4:28-30). Deus permitiu que Herodes matasse Tiago, mas o impediu de fazer mal a Pedro. O trono celeste estava no controle, não o governante aqui da Terra.

É bom saber que, por mais difíceis que sejam as provações ou por mais decepcionantes que sejam as notícias, Deus ainda está assentado em seu trono e está no controle de todas as coisas. Talvez nem sempre compreendamos seus caminhos, mas sabemos que sua vontade soberana é o que há de melhor.

2 . PORQUE DEUS OUVE NOSSAS ORAÇÕES (At 12:5 -17 ) - As palavras "mas havia oração incessante" constituem o ponto crítico desta história. Não devemos jamais subestimar o poder de uma igreja que ora! "O anjo chamou Pedro na prisão", disse o pregador puritano Thomas Watson, "mas foi a oração que foi buscar o anjo".

Deus em sua infinita graça agiu enviando um anjo para libertar o seu servo Pedro. Pedro obedece (w. 7-11). O anjo trouxe luz e liberdade à cela da prisão, mas os guardas nem suspeitaram do que estava acontecendo. A fim de ser libertado, Pedro precisou obedecer às ordens do anjo. É provável que tenha pensado que se tratasse de um sonho ou de uma visão, mas ainda assim se levantou e seguiu o anjo para fora da prisão e até a rua. Só então se deu conta de que havia vivenciado mais um milagre.

Conta-se que “certa vez o doutor A. T. Pierson foi hóspede de Jorge Müller no seu orfanato. Uma noite, depois que todos se deitaram, Jorge Müller o chamou para orar dizendo que não havia coisa alguma em casa para comer. O doutor Pierson quis lembrar-lhe que o comércio estava fechado, mas Jorge Müller bem sabia disso. Depois da oração deitaram-se, dormiram e, ao amanhecer, a alimentação já estava suprida e em abundância para 2.000 crianças. Nem o doutor Pierson, nem Jorge Müller chegaram a saber como a alimentação foi suprida. A história foi contada naquela manhã, ao senhor Simão Short, sob a promessa de guardá-la em segredo até o dia da morte do benfeitor. O Senhor despertara essa pessoa do sono, à noite, e mandara que levasse alimentos suficientes para suprir o orfanato durante um mês. E isso sem a pessoa saber coisa alguma da oração de Jorge Müller e do doutor Pierson!” (Extraído do Livro Heróis da Fé).

Não devemos orar somente  por aqueles que estão presos, como também pelos momentos difíceis que passamos, nossos planos e projetos, etc. Na certeza de que o Senhor ouve e responde as nossas orações.

 

3 . PORQUE DEUS DERROTA OS NOSSOS INIMIGOS (At 12:18-25) - Se o relato tivesse terminado com a partida de Pedro, ficaríamos imaginando o que foi feito de Herodes. Herodes assassinara Tiago e tentara matar Pedro. A retribuição divina para isso e a aceitação da adoração blasfema decretaram sua morte. Em vez de Pedro ser morto por Herodes, Herodes é que foi morto pelo Deus de Pedro! O anjo de Deus enviado para libertar Pedro é enviado para matar Herodes (12.7,23).

O Senhor envia um anjo na prisão para quebrar as cadeias de Pedro e envia um anjo para aprisionar Herodes em cadeias de morte. Deus manda um anjo para dar vida a Pedro e outro anjo para aplicar a morte em Herodes. Herodes expirou devorado por vermes, e Pedro continuou seu ministério glorioso. O forte tornou-se fraco, e o fraco tornou-se forte. O que estava sentenciado à morte viveu, e morreu o que o sentenciou à morte. Os destinos da vida não estão nas mãos dos homens, mas nas mãos de Deus!

No início de Atos 12, Herodes parecia no controle, e tudo indicava que a Igreja perdia a batalha. Mas, no final do capítulo, Herodes está morto, enquanto a Igreja está bem viva e crescendo rapidamente! A igreja primitiva, era uma Igreja que orava, por isso foi bem-sucedida. Quando estava em dificuldades, a missionária Isobel Kuhn orava: "Se este obstáculo vem de ti, Senhor, eu o aceito; mas, se vem de Satanás, eu o rejeito e também a todas as suas obras em nome do Calvário!" Portanto, "Vamos manter a cabeça erguida e os joelhos dobrados - a vitória está do nosso lado!"

Pr.Eli Vieira

 

sábado, 17 de setembro de 2022

Escola Bíblica Dominical, História e Importância

 


Nos últimos dois séculos, a Escola Dominical, ou Escola Bíblica Dominical como hoje conhecemos [1], tem sido a principal agência de educação cristã das igrejas evangélicas ao redor do mundo. Em muitos lugares, essa instituição está em declínio e é alvo de críticas, mas até agora ninguém apresentou uma alternativa melhor. O conhecimento da história da Escola Bíblica Dominical nos permitirá avaliar melhor a sua importância e contínua relevância para os dias atuais.

História inicial da Escola Bíblica Dominical

Até o final do século 18, as igrejas protestantes europeias e norte-americanas dependiam dos seguintes recursos para a educação cristã de seus fiéis: (a) o lar – a principal fonte de orientação religiosa para as crianças era a atuação dos próprios pais e as devoções domésticas; (b) literatura – além da Bíblia, livros como O Peregrino, de John Bunyan, e catecismos como o de Heidelberg e o Breve Catecismo de Westminster também eram uma importante fonte de instrução religiosa; (c) o culto – a liturgia e em especial as pregações eram valiosos elementos de educação na fé; os puritanos ingleses deram importantes contribuições nessa área, com seus sermões profundamente bíblicos, doutrinários e práticos.

Surge a Escola Bíblica Dominical

No século 18, ocorreu um importante movimento religioso na Inglaterra que ficou conhecido como “Avivamento Evangélico”. Seus principais líderes foram John Wesley, Charles WesleyGeorge Whitefield e John Newton, entre outros. Esse avivamento impactou profundamente as igrejas e a sociedade inglesa, gerando muitos frutos espirituais e sociais: reforma das prisões, luta contra o trabalho infantil, campanha contra o tráfico de escravos, ênfase na educação, missões mundiais.

Nesse contexto, entrou em cena o jornalista Robert Raikes (1735-1811), da cidade de Gloucester, que começou a se preocupar com as crianças pobres que trabalhavam nas fábricas durante a semana e aos domingos ficavam perambulando ociosas pelas ruas. Em 1780, ele criou uma escola para alfabetizar e evangelizar essas crianças. A escola funcionava das 10 às 17 horas e incluía aulas de leitura e redação, estudo da Bíblia e períodos devocionais. A ideia teve grande aceitação e em 1786 essas escolas já reuniam cerca de 200 mil crianças na Inglaterra. No início os professores eram pagos; depois passaram a ser voluntários.

Em poucos anos, o movimento se difundiu para outros países, inclusive os Estados Unidos. Em 1803 foi criada a União das Escolas Dominicais. As igrejas perceberam o valor desse método e passaram a utilizá-lo para a educação religiosa de seus fiéis. Com o passar do tempo, surgiram grandes associações que promoviam conferências, preparavam materiais didáticos e treinavam professores. O extraordinário movimento missionário do século 19 difundiu as escolas dominicais por todo o mundo. Foram realizadas muitas Convenções Mundiais de Escolas Dominicais, que atraíam milhares de delegados e importantes líderes das nações envolvidas.

A Escola Bíblica Dominical no Brasil

A primeira escola dominical permanente do Brasil foi fundada pelo casal Robert e Sarah Kalley em 19 de agosto de 1855, na cidade de Petrópolis (RJ). No início do século 20 foi criada no Rio de Janeiro a União das Escolas Dominicais do Brasil, uma filial da Associação Mundial de Escolas Dominicais. Mais tarde, passou a se chamar Conselho Nacional de Educação Religiosa. A partir de 1921, essa organização publicou as Lições Internacionais da Escola Dominical, seguindo o programa adotado por uma comissão internacional sediada em Chicago. Uma data muito valorizada pelas igrejas no começo do século 20 era o chamado “Dia do Rumo à Escola Dominical”.

Um grande entusiasta da educação cristã no Brasil foi o Rev. Erasmo de Carvalho Braga (1877-1932), professor do Mackenzie College, do Seminário Presbiteriano e do Colégio Culto à Ciência, em Campinas. Foi também o grande promotor da cooperação evangélica no Brasil, por meio de um entidade denominada Comissão Brasileira de Cooperação. Ele preparou 8 volumes do Livro do Professor, um material de apoio das Lições Internacionais, contendo comentários dos textos bíblicos, ricas ilustrações e valiosas sugestões pedagógicas para crianças, adolescentes e adultos.

Em julho de 1932, reuniu-se no Rio de Janeiro a 11ª Convenção Mundial de Escolas Dominicais, com mais de 1.300 delegados de 33 países. Foi o maior encontro do protestantismo mundial a realizar-se até então na América do Sul, causando forte impacto nas igrejas evangélicas do Brasil.

Nos anos 30 surgiu a organização Periódicos de Educação Religiosa, que publicava revistas para a escola dominical. Em 1977, essas revistas foram adquiridas pela Igreja Presbiteriana do Brasil e passaram a ser publicadas pela sua Junta de Educação Religiosa. O Rev. Odayr Olivetti ficou responsável pelo Departamento de Literatura e Publicações. Posteriormente, esse órgão passou a ser um departamento da Casa Editora Presbiteriana ou Editora Cultura Cristã, que publica até hoje as lições para a escola dominical.

Filosofia

Em 1924, o Rev. Herbert S. Harris, secretário geral da União das Escolas Dominicais do Brasil, argumentou que o objetivo da Escola Dominical era aperfeiçoar o caráter e a conduta dos alunos. Em seguida, lembrou que o ensino da lição era somente um dos meios a serem utilizados para alcançar esse objetivo.

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Ele sugeriu que esses meios eram sete: (a) o contato pessoal do professor ou dirigente da escola com o aluno; (b) a atmosfera espiritual que devia permear as atividades; (c) a boa amizade do aluno com seus colegas; (d) o ensino das lições bíblicas; (e) o interesse da escola pelo lar e pela vida particular do aluno; (f) programas especiais a serem desenvolvidos fora do horário da escola; (g) aparelhamento adequado para a escola funcionar de modo eficiente.

São muitos os benefícios que a educação cristã veiculada pela Escola Dominical pode trazer à igreja: evangelização, plantação de igrejas, cultura bíblica e teológica, edificação na fé, oportunidades de serviço cristão.

Realidade atual e perspectivas futuras

Existem várias críticas que se fazem à Escola Biblica Dominical e que devem ser objeto de cuidadosa reflexão:

  • Os temas tratados não despertam interesse: ficam restritos ao estudo da Escritura, não se procurando aplicá-la às necessidades de hoje; muitas vezes tais temas são repeticiosos e cansativos.
  • Os professores por vezes não são qualificados: não têm condições de responder os questionamentos mais difíceis dos alunos, principalmente jovens universitários e outras pessoas instruídas e questionadoras.
  • Os métodos didáticos são antiquados, privilegiando-se o formato da preleção pelo professor: há pouco diálogo e envolvimento dos alunos.
  • São utilizados poucos recursos audiovisuais, principalmente aqueles fornecidos pelas novas tecnologias.
  • A igreja tem atividades em excesso; há duplicidade de atividades (por exemplo, os jovens têm a sua classe de Escola Dominical e também as reuniões da mocidade).

O que fazer

  • A Escola Dominical não deve ser extinta, e sim revitalizada e atualizada.
  • Os pastores e os demais líderes da igreja precisam se interessar pelo fortalecimento da educação cristã.
  • É desejável haver uma comissão de pessoas qualificadas (teólogos, educadores, comunicadores) que possam assessorar a direção da Escola Dominical.
  • É importante discutir currículo, objetivos, materiais e métodos com criatividade e ousadia.
  • É fundamental o treinamento e aperfeiçoamento periódico dos professores.
  • Outra ideia é convidar palestrantes externos qualificados para falar à equipe da Escola Dominical.

Perspectivas futuras

A Escola Bíblica Dominical possui uma especificidade que a distingue de outras atividades da igreja, como o culto público ou as sociedades internas. Daí a sua validade permanente. Manter a Escola Bíblica Dominical não significa que não podem ser feitas adaptações. Por exemplo, podem ser criadas classes para casais, para adultos solteiros, para universitários, para a terceira idade.

É preciso repensar os fins da Escola Bíblica Dominical e como ela se insere no ministério total da igreja. A Escola Bíblica Dominical do futuro talvez deva se preocupar mais com os alunos e suas famílias, bem como com a missão da igreja no mundo. É preciso não perder de vista a questão maior que está em jogo: nosso compromisso com Cristo e seu evangelho.

Colossenses 1.28: “… o qual [Jesus Cristo] nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo”.

Efésios 4.12: “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos… e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo”.

2Timóteo 3.16s: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”.


[1] O nome histórico sempre foi escola dominical (Sunday School). O acréscimo do adjetivo “bíblica” só ocorreu mais recentemente, em outras denominações (batistas, pentecostais), e então foi adotado por algumas igrejas presbiterianas.

Autor: Alderi S. de Matos

Fonte: IP Pinheiros – https://www.ippinheiros.org.br/blog/escola-biblica-dominical-historia-e-importancia/

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

VENCENDO GIGANTES


 VENCENDO GIGANTES HOJE

 1 Samuel 17.1-58

         João Crisóstomo o corajoso pregador e mártir sírio (347-407) disse: “Se você pensa que pode vencer sem lutar e acredita que receberá a coroa sem qualquer batalha, não passa de um péssimo soldado de Cristo.” Sem dúvida, a vida cristã envolve desafios e conflitos, quer gostemos disso ou não. Nossos inimigos lutam constantemente contra nós e tentam nos impedir de tomar posse de nossa herança em Jesus Cristo.

Lucas ao falar sobre Davi disse: “Porque na verdade, tendo Davi servido a sua própria geração, conforme os desígnios de Deus, adormeceu, foi para junto de seus pais e viu corrupção” (At 13.36). Davi foi um homem que marcou a sua geração conforme os propósitos divinos. Davi era um homem segundo o coração de Deus, mas não estava isento de enfrentar gigantes. Para vencer gigantes, Davi nos ensina a:  

1- NÃO TEMER OS DESAFIOS (1 Sm 17.32) – A vida de Davi foi marcada por desafios, desde a sua mocidade. Ainda jovem, como pastor de ovelhas enfrentou feras, como leão ou urso (1 Sm 17.34,35). Ao ser enviado, por seu pai, ao arraial do exército de Israel para levar alimentos e saber como seus irmãos estavam (1 Sm 17.17-19), se deparou com o grande duelista filisteu desafiando o exército de Israel.

Davi não teve medo do incircunciso Golias e dispõe-se a pelejar contra ele (1 Sm 17.32). Ele não temeu o desafio, mas estava pronto se possível a morrer, como disse o pastor Martin Luther King: “Se você não está pronto para morrer por alguma coisa, então você não está pronto para viver”. Ele estava pronto a tirar a afronta de sobre Israel o exército do Deus vivo (1 Sm 17.26), na certeza de que Deus lhe concederia a vitória independente do experiente gigante.

O Precursor da Reforma Protestante Jerônimo Savonarola (1452-1498) disse: “Se não a inimigos, não a lutas, se não lutas não a vitórias”. Se queremos ser vitoriosos e marcar a nossa geração, precisamos enfrentar os desafios que surgem diante nós, sem temor assim como Davi enfrentou o gigante Golias.

 2-NÃO DAR OUVIDOS A VOZ DOS PESSIMISTAS (1 Sm 17.28,33,42)-Quando Davi disse que iria enfrentar o gigante, ninguém o incentivou, antes ele foi criticado, desanimado, por seus irmãos, e pelo rei Saul. Saul disse que ele não poderia enfrentar Golias, porque ele era moço, e Golias guerreiro desde a sua mocidade (1 Sm 17.33), ele foi desprezado pelo gigante 1 Sm 17.42. Contudo, Davi não deu ouvidos aos críticos e pessimistas.

Franklin Delano Roosevelt queria ser presidente dos EUA. Nascido em 30/01/1882 em New York. Estudou na Universidade de Harvard e Columbia. Exerceu a advocacia por um tempo, mas deixou para se dedicar à política. Aos 39 anos foi vítima de poliomielite, ficando paralítico da cintura para baixo. Muitos se levantaram para dizer que ele não poderia vencer, mas ele não desistiu de seus sonhos. A multidão dizia que ele jamais poderia ser presidente. Foi o único homem que foi eleito 4 vezes consecutivamente presidente dos EUA.

Deus está nos dando o privilégio de viver nesta geração, sabemos que não é fácil, como não fora na época de Davi, de Franklin, dos reformadores, mas confiados em Deus, não podemos nos intimidar diante dos críticos, pessimistas se queremos marcar esta geração. Não podemos só ficar olhando para o passado, precisamos olhar para o nosso presente e perguntar: o que eu estou fazendo para marcar a minha geração? Vamos começar fazendo coisas pequenas, e Deus nos preparar para fazermos coisas grandes, que ainda não sabemos.

3- LUTAR EM NOME DO SENHOR (1 Sm 17.37, 42) – Davi decidiu lutar, não em nome de Saul, de sua família, para ficar famoso, etc. Ele disse eu vou contra ti em “nome do Senhor dos Exércitos”.

O que Davi estava dizendo era: eu vou contra você, firmado em Deus. O verdadeiro comandante supremo do seu povo escolhido, dos exércitos de Israel, o Deus Todo-Poderoso, ontem, hoje e sempre. Ele estava dizendo, eu não vou te enfrentar Golias, confiado em minha experiência, nas minhas armas, em Saul, mas confiado naquele que nos dá a vitória, pois dele é a guerra.

Em nome de quem você está enfrentando os desafios ou problemas? Em nome de seus familiares, dos seus amigos, etc. Não! Levante-se, lute em nome do Senhor, ele não mudou. Senhor fala conosco através do profeta Isaías “Tu és o meu servo, eu te escolhi e não te rejeitei, não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Isaías 41.9b,10).

 4- LUTAR PARA A GLÓRIA DE DEUS (1 Sm 17.46,47) - O Davi tinha um alvo maior do que os seus compatriotas, ele queria vencer o gigante filisteu para manifestar a glória de Deus (1 Sm 17.46,47). O propósito principal de Davi era engrandecer o nome do Senhor em toda a terra. Não era fazer o seu nome conhecido, mas o nome do Deus de Israel. Saberá toda terra que há um Deus que salva. E, assim Davi derrotou Golias.

Paulo ao escrever a igreja de Corinto nos ensina a “fazer tudo para a glória de Deus”. (1 Co.10.31). O Breve Catecismo de Westminster nos ensina dizendo: Qual é o fim principal do homem? O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre. Como nós podemos viver para a glória de Deus? Vivendo de conformidade com a Palavra de Deus, vamos marca a nossa geração e o mundo verá que somos do Senhor, e só ele nos faz vencedor.

Deus está nos dando um grande privilégio de vivermos nesta geração, não podemos nos intimidar diante dos desafios, mas vamos enfrentar os gigantes sem nos deixar levar por aqueles que não conhecem a Deus. Vamos lutar em nome do Senhor, para a glória do Senhor.

Pr. Eli Vieira

 

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

DEUS PROCURA UM HOMEM


Qual o homem que Deus procura?

Ezequiel 22:30

O evangelista D. L. MOODY (1837-1899) - Certa vez resolveu fazer uma visita à Inglaterra. Nessa viagem, ele buscou uma experiência mais profunda com Cristo e as palavras proferidas por Henrique Varley de Dublim marcaram sua vida: “O mundo ainda não viu o que Deus fará com, para, e pelo homem inteiramente a Ele entregue.” Moody disse consigo mesmo: “E­le não disse por um grande homem, nem por um sábio, nem por um rico, nem por um eloquente, nem por um inte­ligente, mas simplesmente por um homem. Eu sou um ho­mem, e cabe ao homem mesmo resolver se deseja ou não consagrar-se assim. Estou resolvido a fazer todo o possível para ser esse homem”.

O desejo de Deus e do profeta Ezequiel era que o povo se arrependesse de seus pecados. Para isto, precisava de uma pessoa, disposta a reparar o muro arrebentado e ficar na brecha intercedendo pelo povo. Deus não achou ninguém(v. 30).Por isto, sobreveio a desolação sobre o povo (v. 31). Diante de um cenário tão decepcionante, marcado pela desobediência ao Senhor, Deus levantou o seu servo para transmitir a sua mensagem quer Israel ouvisse ou deixasse de ouvir, mensagem esta que continua falando ainda hoje, e nos desafiando a vivermos de forma diferente.

Como no tempo do profeta Ezequiel, Deus ainda hoje procura homens para se colocar na brecha. Mas, qual o homem que Deus procura hoje para se colocar na brecha?

 1-DEUS NÃO PROCURA UM HOMEM DE GRANDE STATUS SOCIAL*-*Status social é o prestigio que um indivíduo tem na sociedade, através de sua posição social. O Status social depende de vários fatores, pode ser desde que a pessoa nasce, geralmente de famílias ricas, adquirido com o tempo, através de amigos e relacionamentos, ou através de sua capacidade financeira.

O profeta Ezequiel não diz que Deus procurou um homem com grande destaque social, tais como: um homem rico, um sacerdote, um príncipe ou profeta, etc., mas um homem. O homem que Deus está procurando hoje não é: um galã de novela, um milionário desde mundo materialista, um teólogo, um político, etc.

Deus está procurando um homem de conformidade com os seus critérios, assim como ele procurou a Davi: “Mas o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque eu o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração”(1 Samuel 16.7).

 2- DEUS PROCURA UM HOMEM ARREPENDIDO ( Ez 18.30-32) - o povo de Deus, havia se deixado levar pelo pecado, os homens eram sanguinários ( Ez. 22.1-9), eram caluniadores (Ez. 22.9), corruptos( Ez. 22.10-12), os sacerdotes eram desobedientes e profanos (Ez.22.26), os príncipes eram como lobos e corruptos (Ez. 22.27), os profetas eram falsos (Ez. 22.28,29). O povo de Israel estava rendido ao pecado, não havia um homem para se colocar na brecha.

Israel precisava se arrepender dos seus pecados, como o profeta Isaías ao ter uma visão da glória de Deus, ele pediu perdão (Is 6.1ss). Como Davi ao confessar os seus pecados, ao pecar contra Bete-Seba (Sl 51). Judá precisava se arrepender e deixar suas abominações Ez 20.1ss, mas não deram ouvidos a voz do Senhor.

Só o homem que reconhece os seus pecados e se arrepende, e pede perdão, pode se colocar na brecha, e servir verdadeiramente a Deus, pois todos são pecadores e necessitam da graça de Deus e da misericórdia. Sem uma genuína conversão o homem não pode se colocar na brecha em favor deste povo.

3- DEUS PROCURA UM HOMEM OBEDEDIENTE ( Ez 2.1-7;3.19; 5.5-7)- O terceiro elemento é obedecer. Infelizmente, os judeus tinham um histórico triste de desobediência à lei do Senhor e de rebelião contra a vontade de Deus. Foi o que fizeram durante quarenta anos no deserto (Dt 9:7) bem como ao longo de mais de oitocentos anos em sua própria terra (2 Cr 36:11-21).

O segredo da existência de Israel estava em sua obediência a Deus Dt. 28.1-68; 30.15-20. Mas os filhos de Israel rebelaram-se contra o Senhor e não obedeceram aos seus mandamentos (Ez.20.7-8). Samuel nos ensina que o obedecer é melhor do que sacrificar (1 Sm 15.22).

Deus está procurando homens que estejam dispostos a obedecer a sua Palavra, como Daniel que decidiu não se contaminar com as iguarias de Nabucodonosor (Dn 1.8) e a ser jogado na cova dos leões(Dn 6.1-28).Não basta ter boa intenção, é preciso ser obediente, assim como os discípulos de Jesus foram homens obedientes, depois que receberam o Espírito Santo, diante dos desafios, das lutas que enfrentaram, falaram …ANTES, IMPORTA OBEDECER A DEUS DO QUE AOS HOMENS (At. 5.29).

4- DEUS PROCURA UM HOMEM DE ORAÇÃO (Ez 22.30; Dn 6.10 At 2.42) - Ao olharmos para aquele povo, podemos ver que era um povo decepcionante (vv. 30, 31). Deus procurou no meio de seu povo uma pessoa em que se colocasse na brecha e que não permitisse que o inimigo penetrasse os muros e invadisse a cidade, mas não encontrou ninguém.

A mensagem de Ezequiel foi para os líderes e para o povo em geral. Ele buscava uma pessoa entre os líderes e entre o povo. Deus está chamando servos interessados em consertar os muros derrubados da igreja e em se colocar na brecha ainda hoje. A intercessão de um homem só, pode afetar uma nação! Olhe para o exemplo do pai do presbiterianismo John Knox que orava clamando “Oh Deus dá-me a Escócia, se não, eu morro”, e Deus ouviu as suas orações.

Portanto, não fale eu sou tão pequeno para me colocar na brecha, se você já confessou e se arrependeu dos seus pecados, Deus te chama para viver uma nova vida. Uma vida de obediência e intercessão para honra e glória dele.

Autor: Eli Vieira

 

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

O Chamado do Cristão

  



Chamado para ser Diferente

1 CORÍNTIOS 1.1-31

“Jesus sim! Igreja não!" Esse era um lema conhecido entre os jovens da década de 1960. Sem dúvida, poderiam tê-lo usado com sinceridade na igreja de Corinto em 56 d.C., pois essa igreja local passava por sérias dificuldades. Infelizmente, os problemas não se limitavam ao âmbito da comunidade cristã, mas eram também do conhecimento dos incrédulos de fora da igreja.

Para começar, a igreja de Corinto era uma igreja depravada. Alguns de seus membros eram culpados de imoralidade sexual; outros se embebedavam; outros, ainda, usavam a graça de Deus como desculpa para levar uma vida mundana. Também era uma igreja dividida, na qual pelo menos quatro grupos competiam pela liderança (1 Co 1:12). Isso significa que era uma igreja desonrada. Em vez de glorificar a Deus, servia de empecilho para o avanço do evangelho.

            A fim de ajudar os cristãos de Corinto a resolver seus problemas, Paulo começa a carta lembrando-os de seu chamado em Cristo e ressalta três aspectos importantes desse chamado.

 1 . CHAMADOS PARA A SANTIDADE (1 C O 1:1-9) Primeiro, Paulo ataca os problemas graves de depravação dentro da igreja, sem, no entanto, dizer coisa alguma sobre o problema em si. Em vez disso, usa uma abordagem positiva e lembra os cristãos de sua posição exaltada e santa em Cristo Jesus. Em 1 Coríntios 1:1-9, descreve a igreja que Deus vê; em 1 Coríntios 1:10-31, descreve a igreja que os homens vêem. Aquilo que somos em Cristo em termos posicionais também devemos ser na prática da vida diária, mas nem sempre é o que fazemos.

Em outras palavras, todo cristão sincero é um santo, pois foi separado por Deus e para Deus. Um cristão depravado e infiel peca não apenas contra o Senhor, mas também contra seus irmãos e irmãs em Cristo. Os irmãos foram enriquecidos pela graça de Deus (w. 4­ 6). A salvação é um dom da graça de Deus; mas, quando somos salvos, também recebemos dons espirituais (dos quais Paulo trata mais detalhadamente em 1 Co 12 - 14). Os coríntios eram especialmente ricos em dons espirituais (2 Co 8:7), mas não usavam esses dons de maneira espiritual. O fato de Deus, ter nos chamado, separado e enriquecido deve servir de estímulo para vivermos em santidade.

            À espera da volta de Cristo (v. 7). Paulo tratará dessa questão mais extensivamente em 1 Coríntios 15. Os cristãos à espera de seu Salvador levarão uma vida irrepreensível (1 Jo 2:28 - 3:3). Para viverem na dependência da fidelidade de Deus (vv. 8, 9). A obra de Deus foi confirmada neles (1 Co 1:6), mas também foi confirmada para eles na Palavra. Isso é a base para um relacionamento cada vez mais profundo de amor, confiança e obediência.

À luz desses fatos, como era possível o povo da congregação de Corinto envolver-se com os pecados do mundo e da carne? Foram eleitos, enriquecidos e confirmados. Eram santos, separados para a glória de Deus! Infelizmente, sua prática não condizia com sua posição.

 2. CHAMADOS PARA A COMUNHÃO (1 Co 1:10-25) Depois de falar do problema de depravação na igreja, Paulo volta-se agora para a questão da divisão dentro da igreja. Isso sempre foi um problema no meio do povo de Deus, e quase todas as epístolas do Novo Testamento tratam desse assunto ou o mencionam de alguma forma. Nem mesmo os doze apóstolos se entendiam o tempo todo.

Em 1 Coríntios 3, Paulo afirma que não pode haver competição entre os verdadeiros servos de Deus. É uma prática pecaminosa os membros da igreja compararem pastores, ou os cristãos seguirem líderes humanos e se tornarem discípulos de homens, não de Jesus Cristo. O culto a certas "personalidades" dentro da igreja hoje é uma desobediência direta à Palavra de Deus. Toda e qualquer preeminência cabe somente a Jesus Cristo (Cl 1:18).

Os que foram chamados pela graça de Deus e que responderam pela fé (ver 2 Ts 2:13, 14) entendem que a cruz de Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus. A chave não é o Cristo da manjedoura, o Cristo do templo ou da praça pública, mas sim o Cristo da cruz. Foi na morte de Cristo que Deus revelou a loucura da sabedoria humana e a fraqueza do poder humano.

Somos chamados a participar da comunhão por causa de nossa união com Jesus Cristo: ele morreu por nós; fomos batizados em seu nome; somos identificados com sua cruz. Que alicerce maravilhoso para a unidade espiritual!

3. CHAMADOS PARA GLORIFICAR A DEUS (1 C o 1:26-31) Os coríntios tinham a tendência de se "ensoberbecer" (1 Co 4:6, 18, 19; 5:2). Mas o evangelho da graça de Deus não deixa espaço para a vanglória pessoal. Deus não se impressiona com nossa aparência, nossa posição social, nossas realizações, nossas origens ou nossa situação financeira. Convém observar que Paulo diz que "não foram chamados muitos", não que "não foi chamado nenhum". Encontramos alguns cristãos de posição social elevada no Novo Testamento, mas não são muitos. A descrição que Paulo faz dos convertidos certamente não é das mais elogiosas (1 Co 6:9-11).

Ao relembrar este capítulo, podemos ver quais eram os erros que os coríntios cometiam e que contribuíam para criar problemas na igreja. Em vez de viverem à altura de seu santo chamado, seguiam os padrões do mundo. Ignoravam o fato de que eram chamados para ter maravilhosa comunhão espiritual com o Senhor e uns com os outros. Antes, se identificavam com líderes humanos e criavam divisões na igreja. Em vez de glorificar a Deus e à graça, agradavam a si mesmos e se gabavam de homens.

A igreja de Corinto era um igreja complicada, dividida e desonrada! Antes, porém, de julgar os coríntios, devemos examinar nossas igrejas e nossa vida. Fomos chamados para ser santos, para ter comunhão e para glorificar a Deus. Estamos vivendo hoje à altura desse chamado?

 

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